A oferta de crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) através de correspondentes bancários foi suspensa pelo Santander Brasil (SANB11) e pelo Bradesco (BBDC4), conforme informado pelos bancos na sexta-feira (13).
O Santander não informou quando a oferta foi interrompida e o Bradesco destacou que a contratação através dos canais próprios, digitais e físicos, segue normalmente, de acordo com o “E-Investidor”.
Por conta das compressão das margens, os bancos têm reduzido ou interrompido a oferta do consignado. Os juros determinam o custo de captação, com a Selic (taxa básica de juros) voltando a subir e a queda do teto de juros da modalidade para 1,68% ao mês, as instituições argumentam que a oferta via canais terceiros é inviável.
Os termos originais de consignado via correspondentes dita que os bancos paguem uma comissão, o que reduz a margem líquida. Os bancos são proibidos por uma regra do CMN (Conselho Monetário Naciona) de oferecerem empréstimos que gerem margem negativa.
Na última quinta-feira (12), o Banco do Brasil (BBAS3) interrompeu a oferta. Além desses, outros bancos como BMG e Pan também fizeram o mesmo movimento.
Bancos digitais lideram ganhos de lucratividade no 1º semestre, diz BC
A lucratividade dos bancos brasileiros apresentou melhora significativa no primeiro semestre de 2024, com destaque para os bancos digitais. A receita líquida de juros e serviços deve continuar em alta no segundo semestre, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (21) pelo Banco Central (BC).
De acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira, o retorno anual sobre o patrimônio líquido (ROE) do sistema bancário brasileiro subiu para 15,11% em 30 de junho, comparado a 14,23% no final de dezembro de 2023.
Os bancos digitais se destacaram nesse cenário, com o ROE avançando para 19,1% no final de junho — o mais alto entre os segmentos — em relação aos 11,45% registrados em dezembro.
O BC atribuiu esse aumento expressivo aos “efeitos positivos da alavancagem operacional por meio da rentabilização da base de clientes de algumas entidades e à menor pressão das despesas com provisões”. As informações foram divulgadas pelo portal InfoMoney.
Aiton de Aquino, diretor de supervisão do BC, afirmou em entrevista coletiva que os bancos digitais possuem um modelo de crédito “robusto”, destacando os níveis mais baixos de provisionamento em comparação aos instituições públicas e privados, o que reflete o nível de maturidade do setor.