NII é ponto baixo

BB (BBAS3) traz forte resultado, mas tendências preocupam

Na avaliação da XP, mais uma vez, a margem financeira com o mercado foi apoiada pelo Patagonia, subsidiária argentina do BB (BBAS3)

Banco do Brasil (BBAS3)
Banco do Brasil (BBAS3) / Foto: Divulgação

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seu resultado do segundo trimestre na noite de quarta-feira (7), com um lucro líquido ajustado de R$ 9,502 bilhões. O dado ficou praticamente em linha com a expectativa do consenso da LSEG para o BB, que esperava R$ 9,241 bilhões.

Na avaliação da XP, mais uma vez, a NII (margem financeira) com o mercado foi apoiada pelo Patagonia, subsidiária argentina do BB (BBAS3), contribuindo para o crescimento do NII, que avançou 12% na base anual e ficou 2% superior às estimativas.

Além disso, a casa pontuou que o crescimento da carteira de crédito em 13% ficou muito próximo do topo da faixa do guidance (estimativa), com contribuição significativa da carteira do agronegócio, que ficou maior que a faixa do guidance de 15% para o segmento.

Contudo, a XP também apontou que os pontos baixos foram o NII com Cliente e a inadimplência. Em termos de guidance, o banco destacou quase todas as linhas, exceto o Custo do Crédito, que deve ser 15% maior, mas afeta o resultado final por conta da revisão para cima do NII em magnitude parecida.

Genial Investimentos diz que BB (BBAS3) teve resultado sólido

A Genial Investimentos, por sua vez, comenta que o BB teve mais um sólido trimestre, com o lucro praticamente em linha com suas projeções (+1,4%). Segundo a casa, com o portfólio de produtos mais defensivo e balanceado, o banco atravessou de forma lucrativa esse ciclo de crédito.

A Genial também avalia que o Banco do Brasil segue com um valuation atraente, sendo negociado abaixo de seu valor patrimonial em um ROE (retorno sobre patrimônio líquido) superior ao seu custo de capital.

As ações estão sendo cotadas a múltiplos descontados em relação aos seus pares, com um Preço/Lucro de 4,0 vezes para 2024 e 3,7 vezes para 2025, além de um Preço/Valor Patrimonial de 0,8 vezes para 2024. Segundo o “InfoMoney”, apesar dos múltiplos baixos, o banco mantém um desempenho operacional robusto, comparável ou superior ao de seus pares.