Senado

BC: antecipação de indicação para presidente depende de acordo 

Para Wagner, a iniciativa precisa, até mesmo, da simpatia do atual presidente do BC, que foi criticado diversas vezes pelo presidente Lula

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Banco Central (BC)/ Foto: BC

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta terça-feira (6) que “todo mundo no Banco Central” deseja antecipar a indicação do futuro presidente do BC, que substituirá Roberto Campos Neto a partir de 2025.

Wagner ponderou que a escolha só será realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste mês se houver um entendimento entre os parlamentares para marcar a sabatina sobre o BC com celeridade.

Foi revelado na última segunda-feira (5) que o Palácio do Planalto atua para tentar desenhar um acordo no Legislativo para acelerar a escolha antes das eleições municipais.

Para Wagner, a iniciativa precisa, até mesmo, da simpatia do atual presidente do BC, que foi criticado diversas vezes pelo presidente Lula.

“Hoje todo mundo no BC, mesmo quem está na direção, pelo que ouço, acha melhor indicar [antes], porque o BC trabalha com expectativa de futuro. Quem já vai sair, se não souber quem vai entrar, segue quem? Se fizer a indicação, vai saber que a palavra desse [indicado] é que está valendo”, disse Jaques, de acordo com o “Valor”.

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“Não tem prazo [para a indicação ocorrer]. Não é nem o governo que quer antecipar. Se indicar, só adianta se for combinado para fazer a sabatina, senão não resolve. Pelo que estou sentindo, a maioria das pessoas acredita que é bom indicar [antes], mas tudo tem que ser combinado”, acrescentou ele.

Ata do Copom expõe BC no limite para iniciar ciclo de alta de juros

ata referente à última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta terça-feira (6), veio mais dura do que o comunicado publicado anteriormente, na avaliação de especialistas ouvidos pelo BP Money.

Isso porque o texto da ata diz explicitamente que os membros do comitê estão prontos para elevar a Selic caso julguem necessário.

O comitê destacou piora na simetria no sentido de alta de inflação, com o mercado de trabalho muito aquecido, a aversão ao risco externo e a preocupação com o arcabouço fiscal.