O BC (Banco Central) anunciou que os dias e horários do Boletim Focus e do fluxo cambial serão normalizados a partir do dia 6 de maio. Com isso, o Focus voltará a ser publicado às segundas-feiras, às 8h30, enquanto o fluxo, às 14h30 de quarta-feira.
O Focus é uma pesquisa que traz as projeções de agentes do mercado financeiro para inflação, crescimento da economia, juros e câmbio. Já o fluxo cambial é o resultado das operações da balança comercial brasileira, ou seja, se refere à diferença do volume de divisas externas que entram e que saem do país.
Devido à mobilização dos servidores do banco, as publicações estavam saindo às terças e quintas-feiras.
Entre as reinvidicações dos trabalhadores, constavam melhorias na carreira, reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico e mudança no cargo de analista para auditor, entre outras.
Na última quarta-feira (25), 80% dos servidores do BC (Banco Central) aprovaram os reajustes salariais de até 10,9% em janeiro de 2025 e de até 10,9% em maio de 2026, propostos pelo governo.
De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do BC), além da correção dos salários, o cargo de “analista” passa a ser denominado “auditor” e contará com mais prerrogativas funcionais.
A assiantura do termo de acordo com o governo federal aconteceu na sexta-feira (26).
BC: 74% dos servidores rejeitam PEC que amplia autonomia
Os servidores do BC (Banco Central) rejeitaram a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que amplia a autonomia da instituição. Em assembleia deliberativa com votação eletrônica entre 26 de março e 2 de abril, 74% de 4.505 votantes foram contrários.
A PEC prevê que o BC se transforme de autarquia para empresa e, assim, deixe de fazer parte do OGU (Orçamento Geral da União). Com isso, o banco passariam a se financeira com as receitas de “senhoriagem” – pela emissão de moeda cujo monopólio é do governo.
Os funcionários, por sua vez, deixariam de ser servidores e virariam celetistas. O relator do projeto, senador Plínio Valério (PSDB-AM), entretanto, já se comprometeu a garantir a estabilidade dos servidores do órgão em seu texto.
Em nota, o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do BC) diz que a PEC foi elaborada na “surdina”, sem debates com os servidores.
Os funcionários defendem que a diretoria do BC e o relator da PEC no Senado apresentem um novo projeto de autonomia “com uma configuração jurídica que garanta a proteção das atribuições do BC, da estrutura atual da Instituição e dos seus servidores ativos, aposentados e pensionistas”.