Valores a receber

BC: brasileiros têm R$ 8,1 bi esquecidos em bancos

Os números se referem ao mês de abril

Moeda brasileira/Foto: Agência Brasil/Reprodução
Moeda brasileira/Foto: Agência Brasil/Reprodução

Conforme divulgado pelo BC (Banco Central), na sexta-feira (7), pelo SVR (Sistema de Valores a Receber), mais de 41 milhões de brasileiros ainda têm em torno de R$ 6,4 bilhões esquecidos em bancos. O valor total chega a R$ 8,15 bilhões.

Desse montante, cerca de R$ 1,7 bilhão pode ser resgatado por 3,2 milhões de empresas. Os números se referem ao mês de abril, para saber se há valores esquecidos os cidadãos podem consultar no site do BC. 

Segundo a autoridade monetária, cerca de R$ 6,78 bilhões já foram devolvidos aos clientes de instituições financeiras.

Na tentativa de evitar fraudes, quem tem valores a partir de R$ 100,01 para retirar precisa acessar o sistema, utilizando para isso o fator de autenticação dupla. Com isso, o cidadão poderá solicitar o resgate através de chave Pix, de acordo com o “CNN Brasil”.

Conforme dados do BC: cerca de 63,54% das pessoas tem até R$ 10,00 esquecidos; outros 24,95% tem entre R$ 10,01 até R$ 100,00; em torno de 9,73% têm entre R$ 100,01 até R$ 1000,00 para resgatar, enquanto uma porcentagem minoritária de R$ 1,78% tem acima de R$ 1000,00. 

BC: narrativa de divisão de votos ganhou muito destaque, diz diretor

Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC (Banco Central) disse, nesta sexta-feira (7), que a narrativa da divisão de votos do Copom (Comitê de Política Monetária) ganhou um papel muito grande.

“Apesar da divisão de votos, não existia divergência e continua não existindo no diagnóstico dessas questões tanto externas como internas”, afirmou o dirigente do BC, durante seminário na FGV (Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo.

“A principal mensagem que gostaríamos de ter passado na ata era de unanimidade em relação ao diagnóstico dos problemas e ao compromisso de atingir o centro da meta no horizonte relevante de 2025”, continuou.

Para Picchetti, o BC está em um processo de aprendizagem, de desenvolvimento institucional,  diante das alterações resultantes do processo de autonomia.

Segundo ele, de agora em diante é preciso que o Copom reafirme o compromisso com a convergência da inflação. 

“É um desafio enorme, mas que terá que ser perseguido, junto com o desafio do lado fiscal também”, comentou o diretor do BC.