O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, declarou nesta sexta-feira (27) que, mesmo com a inflação brasileira mostrando “alguma melhora”, ainda há incerteza sobre seus componentes.
Em encontro com a gestora 1618 Investimentos, o presidente do BC afirmou que, infelizmente, o Brasil e a Rússia são países onde se espera uma elevação dos juros, em contramão ao resto do mundo.
Em paralelo, Campos Neto destacou as vantagens do Brasil na transição energética, considerando que o país possui energia barata e renovável em larga escala. Contudo, a autoridade monetária apontou que aguarda a implementação de uma agenda de abertura comercial.
Ele ainda reiterou que todos os ciclos de queda sustentada dos juros no Brasil foram acompanhados por “choques positivos” na questão fiscal.
“Em todos os momentos na história recente brasileira, você ser capaz de reduzir os juros e conviver com os juros mais baixos está associado a um choque positivo no fiscal. Não existe harmonia monetária sem harmonia fiscal”, acrescentou Campos Neto, de acordo com o “Suno”.
BC: meta inflacionária de 3% é ‘plenamente factível’, diz Guillen
Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC (Banco Central), Diogo Guillen, afirmou nesta sexta-feira (27) que o cumprimento da meta contínua de inflação pela autarquia (3%) é “plenamente factível”
O IPCA (Índice de Preços ao Comsumidor Amplo), medidor oficial da inflação, ficou na marca de 3% poucas vezes na história do Brasil, o que demonstraria dificuldade de atingir a meta, em tese.
Questionado sobre isso, o diretor do BC pontuou que as condições no passado eram diferentes.
“No passado, a meta também era diferente, a meta não era de 3%. Então, as expectativas estavam em outro nível, porque a meta estava em outro nível”, afirmou Guillen, em participação no JHSF Capital Day.
Ele acrescentou ainda que o atingimento da meta de inflação de 3% é “plenamente factível”