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BC: custo da desinflação cresce se fiscal não ajuda, diz diretor

"O Copom tem compromisso absoluto para entregar a inflação na meta", disse o diretor do BC

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BC / Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária) tem “compromisso absoluto” com a meta de inflação, mas o custo da desinflação cresce se o quadro fiscal não auxiliar, declarou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC (Banco Central), Renato Gomes.

“O Copom tem compromisso absoluto para entregar a inflação na meta. Agora, quando o fiscal não ajuda, o custo da desinflação fica muito elevado, e a economia real sofre”, declarou o diretor do BC, de acordo com o “InfoMoney”.

A afirmativa foi feita durante a live do BC, com tema sobre os 30 anos do Plano Real. Gomes apontou que houve avanços recentes nas contas públicas do Brasil. Ele ressaltou que há um grande esforço para que o país recupere a credibilidade fiscal.

Para ele, a perna do tripé macroeconômico brasileiro — baseado em câmbio flutuante, meta fiscal e meta de inflação — “que mais fraquejou” nos últimos anos foi a referente ao fiscal.

“Se a política fiscal está sempre expansionista, coloca muita pressão nas outras duas pernas do tripé macroeconômico, o que pode levar a desvalorizações ou coloca muita pressão na política monetária, e os juros têm que fazer o trabalho. E aí a desinflação fica muito custosa”, declarou.

BC: tragédia no RS reforça necessidade de resiliência financeira

Carolina de Assis Barros, diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC (Banco Central), afirmou, nesta segunda-feira (1º), que a tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul (RS) reforça a importância de se atingir a resiliência financeira.

A diretora do BC discursou durante o Global Partnership for Financial Inclusion, iniciativa do G20. “A resiliência financeira deve ser, mais do que nunca, um resultado chave buscado por meio de esforços globais relacionados à inclusão financeira e ao bem-estar financeiro”, disse ela trecho do discurso.

Barros lembrou que mais de 94% da atividade econômica do RS foi afetada pelas enchentes, enquanto o aeroporto Salgado Filho, na capital Porto Alegre, deve seguir fechado até dezembro.