O cenário global impactado pela maior crise de segurança da Europa em décadas, com a guerra na Ucrânia, deve reverberar sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (copom), do Banco Central (BC), e acarretar no maior nível em cinco anos sobre a taxa básica de juros, Selic.
A decisão, que será anunciada após as 18h, tem a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro de que a Selic seja elevada dos atuais 10,75% para 11,75% ao ano, o maior patamar desde abril de 2017 — quando estava em 12,25% ao ano. Ou seja, em quase cinco anos.
Uma pesquisa feita pela BGC Liquidez nas últimas horas mostra que 21% dos analistas econômicos do mercado acham que o Copom deveria ser mais duro na reunião desta quarta-feira (16), subindo a meta da taxa Selic em mais de 1 ponto percentual.
O levantamento, feito entre as 17h de terça-feira (15) e 7h desta quarta, considera a opinião de 207 economistas e operadores do mercado sobre o que o Copom deveria fazer. Desse universo, 73% acham que deveria subir a taxa em 1 ponto percentual, dos atuais 10,75% ao ano para 11,75% ao ano.
Entretanto, alguns analistas apostam que a taxa possa subir ainda mais nesta quarta, ultrapassando o patamar de 12% ao ano. Se confirmado, esse será o nono aumento seguido na taxa básica da economia. Ao mesmo tempo, também representará um ano do atual ciclo de alta dos juros. O processo de elevação da taxa Selic teve início em março do ano passado.