Inflação

BC diminui expectativa de crescimento do PIB para 1,9%

A nova projeção para o PIB vai estarrece as estimativas do Ministério da Fazenda, que provisionaram uma expansão de 2.3% para o medidor

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Banco Central (BC) / Foto: Agência Brasil

O BC (Banco Central) diminuiu sua expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 1,9% ante 2,1% em seu último anúncio em dezembro de 2024. A informação foi divulgada no último relatório do COPOM (Comitê de Política Monetária) onde a autarquia também provisionou inflação acima do teto da meta neste ano.

A nova projeção para o PIB vai estarrece as estimativas do Ministério da Fazenda, que provisionaram uma expansão de 2.3% para o medidor. Segundo pesquisa Focus mais recente, a estimativa do mercado era de uma alta de 1,98% em 2025.

De acordo com o BC, o resultado foi reduzido devido ao desempenho mais moderado de setores cíclicos do país como varejo e construção civil. A alta seria compensada pelo aumento dos demais segmentos. 

“Notam-se sinais que sugerem uma incipiente moderação do crescimento econômico”, informou o relatório, que destaca um esfriamento no consumo das famílias e comportamento dos investidores. A agropecuária foi salientada como agente de alta em conjunto com o aumento do salário mínimo e acesso prévio dos trabalhadores ao FGTS.

BC alerta para inflação 

O órgão comunicou que os preços permanecem acima do limite esperado, onde no início do ano os indicadores sofreram efeitos de sazonalidade e espera uma redução na inflação apenas no quarto trimestre de 2025.

As projeções da autarquia apontam para uma inflação acumulada em 12 meses na faixa de 5,5% e 5,6% nos três primeiros trimestres deste ano, caindo para 5,1% no final do ano. Segundo o documento, as chances do país encerrar 2025 com estouro da meta é de 70%.

O IPCA cairia para 3,7% em 2026 e 3,1% em 2027, dentro da margem de tolerância, mas ainda acima da média da meta. A inflação continua obriga o BC a apresentar um plano de trabalho para contenção  da mesma após seis meses do rompimento da meta, previsto para julho deste ano.

Após afirmar que a manutenção das projeções acima do alvo torna a convergência dos preços à meta mais desafiadora, o BC ressaltou que a inflação voltou a subir no período recente e a desancoragem das expectativas de mercado aumentou.