Cenário inflacionário

BC: diretor se diz cético sobre ‘pouso suave’ das economias

"As expectativas de inflação, de modo geral, estão se reduzindo olhando para horizontes mais distantes", disse Diogo Guillen

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

“No cenário global, temos visto uma inflação em dois estágios, um primeiro onde a velocidade [de queda de preços] foi maior e um segundo momento de ‘last mile’ (última milha), mais difícil e ligado ao hiato”,  disse Diogo Guillen, diretor de política econômica do BC (Banco Central).

O diretor do BC afirmou, em evento do Goldman Sachs, nesta quinta-feira (7), que há um consenso entre os países sobre um início de ciclo de cortes de juros. 

De acordo com o Valor Investe, Guillen acredita que esse cenário tem sido visto em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Além disso, o “compromisso dos BCs em atingir a meta”, diz ele, também é uma variável constante nas diferentes regiões. 

O diretor do BC avaliou que “as expectativas de inflação, de modo geral, estão se reduzindo olhando para horizontes mais distantes”.

Estimativas para o BC e outros bancos

As expectativas seguem fora do centro da meta, tanto no Brasil quanto em outros países, contudo, há outros locais onde já se vê convergência com um processo de ancoragem das estimativas. 

Guillen diz que há uma correlação grande de temas entre os países no processo desinflacionário. Ele observa estar um pouco “cético sobre a discussão do ‘soft landing’ [pouso suave das economias]”, segundo o Valor. Para ele, “é um choque tão ‘sui generis'[o efeito da contração de política monetária]”.

“será que vai conseguir acertar o pote de ouro do arco-íris?”. O especialista, porém, avaliou estar ocorrendo “um cenário de crescimento que não desacelera tanto e [ao mesmo tempo que] tem havido processos de desinflação, com uma história de resiliência de consumo”, questionou o diretor do BC.

BC: Déficit corrente em janeiro recua para 1,12% do PIB

O Banco Central (BC), divulgou ao mercado, nesta quarta-feira (6), que o déficit em conta corrente do País diminuiu de US$ 9,0 bilhões em janeiro de 2023 para US$ 5,1 bilhões no primeiro mês de 2024.

Dessa forma, o déficit em transações correntes nos últimos 12 meses até janeiro de 2024 totalizou US$ 24,7 bilhões, representando 1,12% do PIB (Produto Interno Bruto).

Isso em comparação com US$ 28,6 bilhões (1,31% do PIB) no mês anterior e US$ 49,9 bilhões (2,52% do PIB) em janeiro de 2023.

De acordo com o BC, em janeiro, o saldo comercial do Brasil aumentou em US$ 3,5 bilhões em comparação com o mesmo período do ano anterior. Simultaneamente, o déficit em serviços aumentou em US$ 882 milhões, enquanto o déficit em renda primária diminuiu em US$ 1,2 bilhão.

Em janeiro deste ano, o superávit da balança comercial de bens atingiu US$ 4,4 bilhões, um aumento em relação ao saldo positivo de US$ 884 milhões registrado em janeiro de 2023.

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