Juros

BC diz que monitora como política fiscal afeta a monetária

O BC divulgou nesta quarta-feira (19) que o Copom decidiu manter a Selic (taxa básica de juros) em 10,50% ao ano

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) apontou que o BC (Banco Central) monitora “com atenção” a forma como os “desenvolvimentos recentes” da política fiscal afetam a política monetária e os ativos financeiros.

O BC divulgou nesta quarta-feira (19) que o Copom decidiu manter a Selic (taxa básica de juros) em 10,50% ao ano.

O colegiado repetiu, neste comunicado, a afirmação que fez no anterior, em maio, de que uma “política fiscal crível” e com comprometimento com a sustentabilidade da dívida auxilia na ancoragem das expectativas de inflação e redução de prêmios de risco dos ativos financeiros, “consequentemente impactante a política monetária”, conforme informações do “Valor”.

Na avaliação sobre o cenário doméstico, o Copom avalia que o conjunto de indicadores de atividade e mercado de trabalho “segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”. No comunicado divulgado em maio, constava que a atividade e o mercado de trabalho “têm apresentado maior dinamismo do que o esperado”.

Ataque a Campos Neto levanta dúvidas sobre próximo presidente do BC

Às vésperas da decisão do Copom, as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à política monetária do Brasil e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltaram a aumentar o desconforto entre os agentes de mercado. 

De um lado, cresce a percepção de que as declarações de Lula possam aumentar a pressão sobre os membros indicados pelo governo para votarem pela continuidade dos cortes na Selic, causando uma nova divisão no colegiado

De outro, o uso dos termos “maduro” e “calejado” pelo presidente ao descrever o perfil de seu indicado à cadeira do BC reacendeu as especulações sobre possíveis novos nomes para substituir Campos Neto.

Nos círculos de apostas, começaram a surgir nomes como o do ex-diretor do BC Luiz Awazu, o ex-ministro Guido Mantega e o atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, como possíveis substitutos para o presidente do BC.

Depois que a última reunião do Copom resultou em um placar dividido e aumentou a percepção de risco, os participantes do mercado passaram a acreditar que o Banco Central interromperá os cortes de juros de forma unânime na próxima reunião de quarta-feira. 

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