O BC (Banco Central) publicou, nesta quinta-feira (26), o Relatório Trimestral da Inflação com revisão na perspectiva para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2024. A projeção passou de 2,3% para 3,2%.
De acordo com o banco, a alta decorre, principalmente, da elevada surpresa positiva no segundo trimestre. “As revisões refletem as surpresas nos resultados do segundo trimestre e os primeiros resultados de indicadores mensais para o terceiro trimestre”, destacou o BC.
A estimativa para a agropecuária recuou mais, indo de 2,0% para 1,6%. Já para a indústria, a revisão aconteceu para cima, de 2,7% para 3,5%. A estimativa para Serviços também cresceu, indo de 2,4% para 3,2%.
No âmbito doméstico, a estimativa para o crescimento anual do consumo das famílias aumentou de 3,5% para 4,5%, a do consumo do governo de 1,8% para 2,7% e a da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) passou de 4,5% para 5,5%.
Para 2025, projeta-se um crescimento de 2,0% do PIB, “com variações nos componentes da oferta e da demanda razoavelmente homogêneas e, de modo geral, menores do que as esperadas para 2024.”
Inflação de setembro foi revista para cima
A projeção de inflação de setembro foi revista de 0,21% no Relatório anterior para 0,57% no atual, com variação mais forte em alimentação no domicílio e transição para a bandeira vermelha 1 em energia elétrica.
Segundo o relatório, nos próximos meses, a inflação acumulada em doze meses deve permanecer próxima ao limite superior do intervalo de tolerância.
Na avaliação do banco, a principal contribuição para a alta da inflação mensal deve ser da alimentação no domicílio, que caiu significativamente no trimestre encerrado em agosto.