A partir da divulgação do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), nesta quinta-feira (28), o BC (Banco Central) aumentou a estimativa de crescimento do PIB em 2024 – de 1,7% para 1,9%. Em relação à inflação, o banco projetou uma inflação de 3,5%.
Para o setor agropecuário, a projeção foi alterada de avanço de 1% para desaceleração de 1%, devido, principalmente, à “irregularidade das chuvas e temperaturas elevadas em grande parte das regiões produtoras”
Já para a indústria, a estimativa avançou de 1,7% para 2,2%, enquanto, para Serviços, o crescimento foi revisado de 1,9% para 2%.
Segundo a autoridade monetária, a alta é justificada pelas previsões mais favoráveis para “outros serviços”, “administração, saúde e educação públicas” e “transporte, armazenagem e correio”.
Em relação à demanda, o banco não mudou a projeção de crescimento de 2,3% do consumo das famílias. Já a expectativa para o consumo do governo cresceu de 1,1% para 1,9%.
BC: Boletim Focus
No último Boletim Focus, as projeções para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), medidor da inflação no Brasil, tiveram uma leve queda para 2024, indo de 3,79% para 3,75%.
Para o ano de 2025, a estimativa também caiu, de 3,52% para 3,51%, e se manteve estável para 2026 e 2027, em 3,50%.
A mediana das projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou avanço de 0,5% em 2024 – de 1,80% para 18,85%. Para os três anos posteriores, as expectativas se mantiveram em 2,0%.
Haddad admite meta fiscal abaixo de 0,5% do PIB em 2025
O ministro da Fazenda Fernando Haddad já admite encaminhar ao Congresso Nacional uma proposta de meta fiscal abaixo do superávit de 0,5% do PIB prometido para o ano que vem. A informação foi concedida à CNN.
Haddad deixou a meta em aberto e disse que ela depende da tramitação de projetos no Legislativo.
O governo tem até o dia 15 de abril para enviar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025.