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O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) demonstrou maior confiança em uma inflexão no mercado de crédito, fator que pode contribuir para esfriar a economia e reduzir a inflação para a meta.
Na ata da última reunião, divulgada nesta semana, o comitê afirmou que “o crédito bancário tem apresentado alguma inflexão no período mais recente”. A linguagem é mais assertiva do que a usada em dezembro, quando indicava que “o mercado de crédito mostra, possivelmente, sinais incipientes de inflexão”.
O Banco Central vem destacando a expansão do crédito como um dos três fatores que levaram a um desempenho superior ao esperado do PIB (Produto Interno Bruto) desde 2023. Os outros dois são o mercado de trabalho forte e a expansão fiscal.
O aperto monetário — conduzido pelo próprio Copom —, que desde agosto elevou a Selic (taxa básica de juros) de 10,5% para 13,25% ao ano, deveria atuar para conter a expansão do crédito. Contudo, em quase todos os ciclos de alta ou distensão monetária, participantes do mercado questionam se a transmissão monetária ocorrerá como esperado, conforme apontou o Valor.
Além disso, o primeiro impacto da alta da Selic, em geral, é sentido nas taxas das operações de crédito, especialmente no segmento livre. Nas linhas para pessoas físicas, essa taxa avançou relativamente pouco até o momento, passando de 52% para 53% ao ano no último dado disponível, referente a dezembro.
BC: Índice de Commodities sobe 1,14% em janeiro
O Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) em reais aumentou 1,14% em janeiro, ante dezembro, como informou a instituição. A alta foi influenciada principalmente pelo índice de energia, com avanço de 3,33%. Enquanto isso, o índice agropecuário subiu 1,15%, e o de metais caiu 1,08% entre dezembro e janeiro.
O IC-Br registra a média mensal dos preços em reais de um grupo de commodities que são consideradas importantes para o comportamento da inflação no país. O peso do setor agropecuário no índice é de 67%, logo à frente dos setores de energia (17%) e de metais (16%).
Em dólares, o índice avançou 2,34% em janeiro. Na agropecuária, a alta foi de 2,36%, enquanto os metais tiveram aumento de 0,08% e a energia subiu 4,56%.
A alta acumulada em 12 meses do IC-Br é de 39,69%. Os preços reais das commodities agropecuárias avançaram 41,25%, os metais subiram 41,89% e a energia aumentou 28,65% no mesmo período.