Intervindo na economia

BC fará novo leilão de até US$ 3 bilhões

Leilão será referenciado à taxa Ptax e aceitará até US$ 3 bilhões

Fonte: BC divulgação
Fonte: BC divulgação

Diante de duvidas sobre a sustentabilidade do país, o BC( Banco Central) voltou a intervir na economia e anunciou que leiloará até três bilhões de dólares no mercado a vista na próxima quinta-feira (26). O real se desvalorizou 1,7% na segunda-feira (23), liderando as perdas entre as moedas de mercados emergentes, como apurou o portal infomoney.

Até agora foram gastos US$17 bilhões em vendas envolvendo leilões de linha de crédito e venda de spots, para tentar atender as altas do dólar. Os investidores estão se desfazendo de ativos brasileiros à medida que aumentam as dúvidas sobre a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estabilizar as contas públicas. Na última semana, votou o pacote fiscal proposto pelo governo, com reduções no impacto projetado.

Empresas com resultados melhores do que o esperado também estão elevando a demanda por dólares, assim como consumidores que enviam dólares para o exterior, mesmo que em pequenas quantidades, disse o presidente do banco central, Roberto Campos Neto, durante uma coletiva na semana passada. É um movimento “atípico”, acrescentou ele.

BC vai divulgar carta aberta sobre inflação acima da meta

BC (Banco Central) vai divulgar, em janeiro, uma carta aberta sobre a inflação acima da meta de 2024, após a confirmação do estouro com os dados do IBGE, de acordo com informações da “Reuters”. A autarquia espera que explicações sejam necessárias novamente em julho, devido às previsões de que a inflação siga acima da meta.

A carta com explicações para o descumprimento vai ser apresentada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o dia 10 de janeiro, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve divulgar a inflação oficial de 2024.

Quando elevou os juros para 12,25%, o BC já estava prevendo uma inflação de 4,9% em 2024, enquanto a meta oficial é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.