Alta de 1,85%

BC: fluxo cambial fica negativo em US$ 11,639 bilhões na semana

No acumulado de dezembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 18,427 bilhões

Foto: Canva / Real
Foto: Canva / Real

O BC (Banco Central) informou nesta quinta-feira (26) que o fluxo cambial registrou saída líquida de US$ 11,639 bilhões entre 16 e 20 de dezembro. A conta comercial foi responsável pela entrada líquida de US$ 504 milhões na semana passada, ao passo que a conta financeira computou saída de US$ 12,143 bilhões.


No acumulado de dezembro, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 18,427 bilhões. Já o fluxo financeiro anotou saída líquida de US$ 18,206 bilhões, enquanto o fluxo comercial registrou saída de US$ 221 milhões.

No acumulado de 2024, o fluxo cambial computou saída líquida de US$ 10,031 bilhões. O fluxo financeiro, por sua vez, registrou saída de US$ 76,560 bilhões e o fluxo comercial reportou entrada de US$ 66,529 bilhões.

Dólar sobe hoje com previsão de intervenção do BC

Depois de subir quase 2% na segunda-feira (23), o dólar comercial abre com alta nessa quinta-feira(26) com investidores de olho na interação cambial do Banco Central, a informação é apurada pelo portal Infomoney.

O BC leiloará até US$ 3 bilhões no mercado à vista hoje para apoiar o real em meio a uma queda provocada por preocupações sobre a sustentabilidade da dívida do país. Os investidores estão se desfazendo de ativos brasileiros à medida que aumentam as dúvidas sobre a capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estabilizar as contas públicas.

Dólar hoje

Às 9h08, o dólar à vista registrava alta de 0,48%, sendo negociado a R$ 6,184 para compra e R$ 6,185 para venda. Na B3, o contrato futuro do dólar com vencimento mais próximo recuava 0,19%, alcançando 6.193 pontos.

Na segunda-feira, a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 6,185 na compra e R$ 6,186 na venda. Durante o dia, chegou a atingir a máxima de R$ 6,20 na compra.

Temporada histórica: relembre os recordes do dólar em 2024

O modo como a economia brasileira se mostrou no início de 2024, comparado a como os indicadores chegam nesse momento, pode parecer uma miragem diante dos olhos do mercado financeiro. No câmbio mais precisamente, o real se consagrou como a moeda que mais desvalorizou contra o dólar este ano. 

A divisa norte-americana teve um desempenho forte ao longo do ano, com o cenário da taxa de juros nos EUA atraindo ainda mais capital dos investidores ao redor do mundo. Além disso, internamente a desancoragem das expectativas com a inflação e a percepção de piora na questão fiscal também favoreceram o fortalecimento do dólar. 

O entendimento de que o câmbio seria mais um indicador com o que se preocupar se intensificou a partir de março, quando a moeda norte-americana voltou a superar os R$ 5,00 depois de quatro meses e não deixou de subir depois disso.