Presidência do BC

BC: Haddad aposta em transição "muito mais natural"

Haddad tem conversado com Campos Neto e chegou a questioná-lo sobre o momento mais adequado para o presidente Lula (PT) apresentar a indicação do seu sucessor

Fernanda Haddad, ministro da Fazenda
Fernanda Haddad, ministro da Fazenda / Foto: reprodução/Marcelo Camargo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, na terça-feira (2), durante evento promovido pelo Itaú BBI, que aposta em uma transição “tranquila e muito mais natural” no BC (Banco Central).

Haddad ressaltou ainda que tem conversado com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, e que chegou, inclusive, a questioná-lo sobre o momento mais adequado para o presidente Lula (PT) apresentar a indicação do seu sucessor.

“O presidente Lula tem três nomes para escolher agora: dois diretores e o presidente. Penso que vai ser um processo muito natural. Ele vai ouvir as pessoas, vai ouvir a Fazenda, nós vamos ouvir o Banco Central sobre como fazer essa transição, e quero crer que essa transição vai ser muito mais tranquila”, disse o líder da Fazenda.

O favorito à sucessão para a presidência do banco é Gabriel Galípolo, economista que dirigiu o Banco Fator e que chegou à campanha eleitoral de Lula, em 2022, pelas mãos do PT.

Campos Neto defende sucessão mais cedo e tranquila no BC

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, tem defendido nos bastidores que a transição de comando da instituição aconteça mais cedo e de forma “suave e colaborativa”.

Para Campos Neto, o novo nome deve ser escolhido até meados de outubro e novembro, quando acontecerão as sabatinas feitas pelo Senado. O mandato do economista encerra no dia 31 de dezembro.

Analistas temem que o sucessor do atual presidente do BC tenha dificuldades em resistir às pressões do Palácio do Planalto e do PT. O presidente Lula (PT) fez duras críticas a Campos Neto em 2023, diante da elevada taxa de juros.