Atividade econômica

BC: mercado de trabalho segue mais forte que o previsto, diz Guillen

Conforme as observações de Diogo Guillen, diretor do BC, a taxa de desocupação está em queda e a capacidade instalada em um nível alto

Foto:Raphael Ribeiro/BCB
Foto:Raphael Ribeiro/BCB

O diretor de política econômica do BC (Banco Central), Diogo Guillen, avalia que a atividade do mercado de trabalho continua mais dinâmica do que era esperado.

“Já deve ter umas duas ou três reuniões que estamos falando que a atividade do mercado de trabalho segue com maior dinamismo do que era esperado. Não é só forte, mas mais forte do que era esperado”, ressaltou o executivo do BC durante evento da PUC-Rio.

Conforme suas observações, a taxa de desocupação está em queda e a capacidade instalada em um nível alto. 

Além disso, segundo Guillen, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) também está “rodando em níveis bem saudáveis”.

“Esses fatores vêm mostrando o que tem acontecido com o hiato [do produto, medida da ociosidade da economia] ao longo do tempo e o que tem refletido. No último relatório de inflação, a gente trouxe uma revisão do hiato e discutiu várias métricas”, afirmou.

O hiato ao qual o diretor do BC se referiu se trata de uma variável que capta as condições de atividade econômica que pressionam para aumentar ou reduzir a inflação.

O diagnóstico de atividade econômica resiliente também é reforçado pelos indicadores de comércio e serviços, de acordo com Guillen. Para ele, o dinamismo está ligado ao mercado de trabalho, cuja renda e volume estão crescendo.

Galípolo: BC vai obter ‘o máximo de dados’ para decisão sobre Selic

O diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (19) que a instituição vai aguardar as próximas quatro semanas até o encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) de setembro para obter “o máximo de dados” e “estar aberta” à decisão sobre a Selic (taxa básica de juros).

As falas de Galípolo ocorreram durante o evento Conexão Empresarial, promovido pela VB Comunicação, em Belo Horizonte. O diretor reforçou a ideia de que o BC depende de dados e que, até a sua próxima decisão de política monetária, vai observar indicadores como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Além disso, Galípolo também acrescentou que a entidade precisa de números da economia norte-americana e falas do chair do Fed (Federal Reserve), BC dos EUAJerome Powell.

O próximo encontro do Copom ocorre em 17 e 18 de setembro. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, e o mercado aguarda uma elevação da taxa já no próximo mês, devido ao avanço do dólar ante o real e à desancoragem das expectativas de inflação.