Economia

BC: Não há relação mecânica entre políticas monetárias de EUA e Brasil

“No Brasil, você tem um debate sobre quais foram os impactos das reformas [...] sobre a produtividade ”, disse diretor do BC

Foto: Freepik
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O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC (Banco Central), Paulo Picchetti, reiterou nesta segunda-feira (10) que não há relação mecânica entre as políticas monetárias dos EUA e do Brasil.

“No curto prazo, não quer dizer que, se o Fed está deixando de baixar juros, a gente vai deixar de baixar juros aqui”, comentou Picchetti durante um evento pela internet. “Nem o contrário”, declarou o diretor do BC, de acordo com o “InfoMoney”.

Além disso, Picchetti acrescentou que, no longo prazo, há uma “relação de equilíbrio” entre as atuações dos BCs.

Em linha com a afirmativa, Roberto Campos Neto, presidente do BC, já vem restringindo que a relação entre os juros dos EUA e do Brasil não é mecânica. A sinalização é de que os diretores estarão atentos aos mecanismos de transmissão do cenário externo para o cenário nacional.

Em sua apresentação, num evento online, Picchetti também apontou a preocupação do BC com a melhora do mercado de trabalho e, em especial, da renda, que podem afetar a inflação no Brasil. Ao mesmo tempo, ele destacou que não existe uma transmissão direta dos rendimentos salariais para os custos de serviços.

“Nesta questão do mercado de trabalho, há muitas dimensões que também ficaram incertas estruturalmente depois da pandemia, tanto lá (nos EUA) quanto cá (no Brasil)”, disse o diretor.

“No Brasil, você tem um debate sobre quais foram os impactos das reformas – principalmente a reforma trabalhista – sobre a produtividade e sobre o custo do trabalho”, acrescentou ele.

BC: PEC da autonomia financeira pode ser votada em breve

Plínio Valério (PSDB-AM), relator da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 65, para a autonomia financeira e orçamentária do BC (Banco Central), disse que seu parecer poderá ser votado antes do recesso do Congresso no meio do ano.

“A autonomia do BC é necessária. Agora é uma questão política aqui no Senado, mas o relatório está pautado para esta quarta-feira, quando lerei [o parecer] e vamos colocar em votação com os membros da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça]”, afirmou Valério, nesta segunda-feira (10). 

“Será uma mudança histórica, e a PEC de autoria do senador Vanderlan Cardoso irá equiparar o BC brasileiro aos bancos centrais das grandes economias mundiais”, continuou ele, em vídeo divulgado pela assessoria. 

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