Diretor de política monetária

BC: objetivo é perseguir meta de inflação a 3%

David reiterou que a taxa Selic precisa estar em um patamar mais restritivo do que se previa para impactar todos os operadores da economia

Fonte: Linkedin
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A principal meta do BC (Banco Central) é alcançar uma inflação de 3%. O aviso foi feito pelo diretor de política monetária do Banco Central, Nilton David, nesta segunda-feira (31). O representante do órgão também destacou que, sem prejudicar o objetivo principal, a autarquia trabalha para diminuir a oscilação dos ciclos na economia.

David reiterou que a taxa Selic precisa estar em um patamar mais restritivo do que se previa para impactar todos os operadores da economia. O pouso suave no Brasil é desafiador segundo o economista que considera a desaceleração da economia, mas reforçou que o BC guia os juros pela inflação.

“O Banco Central vai buscar o caminho que for mais razoável para chegar a esses 3% primeiro, claro que em vista das consequências que tem para os dois lados”, disse o diretor em um evento do Itaú BBA. Em dezembro, o aumento da Selic foi visto como uma movimentação agressiva do BC que ajudou a ancorar as expectativas. 

“A pergunta, agora, é como vão ser os próximos meses, onde o esperado é que a inflação não arrefeça nos próximos três, quatro, cinco meses, e como vai ser a dinâmica das expectativas do mercado e o comportamento dos agentes. Com base nisso, a gente vai calibrar”, explicou o dirigente.

Galípolo: BC avalia se aperto dos juros é suficiente

O presidente do BC (Banco Central)Gabriel Galípolo, disse que, após colocar os juros em nível contracionista “com segurança”, o BC está avaliando os dados econômicos para identificar se a alta é suficiente.

“O que a gente está explicando com as defasagens são os mecanismos tradicionais de transmissão da política monetária”, disse. “A gente está ingressando num ambiente e patamar de taxa de juros que é contracionista com alguma segurança, mesmo para quem tem taxa de juros neutra mais elevada no mercado”, completou.

“A gente está falando em defasagem muito mais para explicar o que é um mecanismo transmissão depois de a gente ter acabado de entregar 300 bps de elevação”, afirmou o presidente do BC.

De acordo com Galípolo, o BC está avaliando informações como atividade, expectativas e o cenário inflacionário como um todo “para ver se é suficiente para fazer a convergência da inflação”.