Economia

BC reduz taxa de juros em 0,5 p.p. e Selic inicia 2024 em 11,25%

Este é o quinto corte seguido na Selic, atingindo seu menor nível desde março de 2022

A decisão que saiu da primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) em 2024 foi de manter a curva de redução na taxa de juros que se iniciou no ano passado. A autoridade monetária brasileira promoveu, de forma unânime, mais um corte de 0,5 p.p na taxa de juros.

Com a nova redução, a Selic sai dos atuais 11,75% e vai para 11,25%, em linha com a previsão da maioria dos analistas do mercado financeiro. Este é o quinto corte seguido na Selic, atingindo seu menor nível desde março de 2022.

A estimativa central dos economistas consultados pelo Boletim Focus, divulgado pelo BC na terça (30), é de que a Selic termine o ano em 9%. As projeções para 2025 e 2026, permaneceram de 8,50%, vistas nas últimas semanas.

No comunicado, o BC destacou que o ambiente externo segue volátil, marcado pelo debate sobre o início da flexibilização de política monetária nas principais economias e por sinais de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países. “Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho”. diz a nota.

A autoridade monetária projetou que mais cortes do mesmo patamar devem acontecer nas próximas reuniões do colegiado. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

Fed mantém juros entre 5,25% e 5,50% nos EUA e não sinaliza cortes

O Fomc decidiu manter inalterada a taxa de juros do Fed (Federal Reserve) nos EUA, mantendo-a no intervalo entre 5,25% e 5,50%. No comunicado, em sua primeira reunião de 2024, nesta quarta-feira (31), a instituição evitou sinalizar quanto poderá iniciar o ciclo de cortes de juros.

A ferramenta CME FedWatch, que analisa as probabilidades de alterações nas taxas de juros nos EUA, apontava as expectativas para janeiro com uma probabilidade de 97,9% de que as taxas permaneceriam inalteradas.

Para o mês de maio, as expectativas são significativas. De acordo com a ferramenta, há uma probabilidade de 96,3% de cortes nas taxas de juros.

Os diretores do Fed avaliam que o recentes indicadores sugerem que a atividade econômica se expandiu a um ritmo sólido. Além disso, os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano passado, mas permanecem fortes, enquanto a taxa de desemprego permaneceu baixa.

Ainda de acordo com eles, a inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada.

O comitê aponta que não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%.

O Fomc salienta que considera que os riscos para atingir seus objetivos de emprego e de inflação estão evoluindo para um melhor equilíbrio.