BCE avisa que não agirá tão rápido quanto Fed nos EUA

"há motivos plausíveis para não reagir tão vigorosamente quanto o Fed".

A  presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou nesta quinta-feira (20) que há motivos plausíveis para não reagir tão vigorosamente quanto o Federal Reserve dos EUA à alta da inflação ao consumidor.

“Estamos em situações muito diferentes”, afirmou e completou que o aumento dos índices de preços é “claramente mais fraco” na Zona do Euro e a recuperação econômica no bloco não está tão avançada quanto nos Estados Unidos.

“Temos todas as razões para não reagir tão rápido e tão abruptamente quanto podemos imaginar que o Fed faria. Mas começamos a reagir e, claro, estamos prontos para responder com a política monetária se os números, dados, fatos, assim exigirem.”

Considerando as condições atuais e as projeções de inflação, “um aumento de juros não é esperado em 2022”, afirmou um integrante do Conselho Geral do BCE, Pablo Hernández de Cos, à TVE da Espanha em entrevista separada nesta quinta-feira. Enquanto isso, o Fed sinalizou que começará a subir a taxa básica de juros já em março. A inflação ao consumidor nos EUA chegou ao maior nível em quase quatro décadas de 7% em dezembro, intensificando as preocupações com o aumento do custo de vida.