O BCE (Banco Central Europeu) anunciou, nesta quinta-feira (17), um novo corte de 0,25 ponto percentual nas principais taxas de juros da região, em linha com as expectativas do mercado. A taxa sobre os depósitos ficou em 3,25%. É o terceiro corte nas taxas de juros este ano.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento ou taxa “refi” (que determina o preço que os bancos pagam quando pedem dinheiro emprestado ao Banco Central Europeu também teve um corte de 25 pontos base, situando-se em 3,40%.
A diferença entre as duas taxas estava fixada em 50 pontos-base há anos e o BCE anunciou planos em março para reduzir a diferença para 15 pontos-base a partir de setembro, em um movimento que pode reacender os empréstimos entre bancos.
A taxa de empréstimos também foi reduzida em 25 pontos base, de 3,90% para 3,65%.
Mais sobre o corte de juros do BCE
Através de comunicado, o BCE comentou que o processo de desinflação na região está no bom caminho e que as perspectivas de inflação também são afetadas por recentes surpresas negativas nos indicadores de atividade econômica. “Enquanto isso, as condições de financiamento permanecem restritivas”, ressalta o banco.
“Espera-se que a inflação suba nos próximos meses, antes de cair para a meta [de 2%] no decorrer do próximo ano. A inflação doméstica continua alta, pois os salários ainda estão subindo em ritmo elevado. Ao mesmo tempo, as pressões sobre os custos da mão de obra deverão continuar a diminuir gradualmente, com os lucros a amortecerem parcialmente o seu impacto sobre a inflação”, diz o texto.
O Conselho do BCE disse ainda que manterá as taxas de política monetária suficientemente restritivas durante o tempo necessário para atingir seu objetivo de levar a inflação à meta e que continuará a seguir uma abordagem baseada em dados e de reunião a reunião para determinar o nível e a duração apropriados dess restrição.
Os diretores reformaram no comunicado que suas decisões sobre as taxas de juro vão se basear na avaliação das perspectivas de inflação à luz dos dados econôicos e financeiros disponibilizados, da dinâmica da inflação subjacente e da força da transmissão da política monetária.
Foi repetido que o Conselho do BCE não está se comprometendo previamente com uma trajetória de taxa específica.