O Banco Central Europeu elevou nesta quinta-feira suas projeções de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e estima a inflação em uma média de 2,2% para este ano. Refletindo uma recuperação da economia, que sentiu impactos da pandemia, mais rápida do que o esperado.
De acordo com o BCE, a projeção do PIB atual é superior frente aos 4,6% previstos em junho. O crescimento estimado para o próximo ano é de 4,6%, de projeção anterior de 4,7% do banco europeu.
Já o aumento das expectativas para a inflação encontrou justificativa a partir da alta nos preços das commodities, gargalos de produção e aumento do consumo. No entanto, a alta esperada nos preços ao consumidor em seu horizonte de projeção permanece abaixo de 2%, marca não alcançada por quase uma década.
Para a presidente do BCE, Christine Lagarde, a zona do euro está a caminho de um forte crescimento no terceiro trimestre e que o BCE prevê a atividade econômica de volta ao seu nível pré-pandemia até o final do ano.
Segundo ela, apesar das perspectivas para a inflação para este ano tenham sido elevadas, superior à meta de 2% do BCE, o aumento atual deve ser temporário e acrescentou que a inflação de médio prazo ainda está bem abaixo da meta.
Lagarde classificou os riscos para o crescimento como “amplamente equilibrados”. Mesmo com analistas alertando sobre obstáculos como a variante Delta da Covid-19, o BCE manteve o parecer de risco.