Banco Central Europeu

BCE não surpreende e mantém taxas de juros

Com isso, a taxa de juros referência ficou em 3,75%, a taxa de refinanciamento foi mantida em 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos, em 4,5%

BCE
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O BCE (Banco Central Europeu), conforme o esperado, decidiu, nesta quinta-feira (18), não alterar as taxas de juros. Com isso, a taxa de referência ficou em 3,75%, a taxa de refinanciamento foi mantida em 4,25% ao ano e a taxa de empréstimos, em 4,5%.

A decisão não pegou o mercado de surpresa, já que a manutenção dos juros era esperada, devido aos sinais de aquecimento da inflação em junho. Na última reunião, em 6 de junho, o banco cortou os juros em 0,25 p.p.

O Comitê avaliou que pressões internas sobre os preços ainda são altas, a inflação de serviços está elevada e a inflação global provavelmente permanecerá acima da meta até o próximo ano.

Agora, o mercado aguarda os comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde, sobre os próximos passos do BCE, a partir das 9h45 (horário de Brasília).

BCE pode ter várias reuniões entre cortes de juros, diz Lagarde

A taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu) não está em uma trajetória linear de queda, e as autoridades de política monetária poderiam, em alguns momentos, aguardar mais de uma reunião antes de reduzir a taxa novamente. A afirmação foi feita recentemente pela presidente do BCE, Christine Lagarde, em uma coletiva.

Na semana passada, o BCE reduziu as taxas de juros em relação a um pico recorde, mas não assegurou que qualquer outra flexibilização da política monetária, devido ao forte crescimento dos salários e da elevada estimativa de inflação.

“Tomamos a decisão apropriada, mas isso não significa que as taxas de juros estejam em uma trajetória linear de queda”, declarou Lagarde, de acordo com o “InfoMoney”.

Além disso, Lagarde disse ao Expansión, Handelsblatt, Il Sole 24 Ore e Les Échos, nesta segunda-feira (10), que “pode haver períodos em que manteremos as taxas de juros inalteradas”.

Com isso, os mercados aguardam pouco mais de um corte nos juros durante as quatro reuniões que restam em 2024. Também são esperadas entre 3 e 4 reduções até o final de 2025.