As apostas esportivas on-line, as famosas bets, devem impactar a economia nacional, com gastos estimados entre R$ 71,3 bilhões e R$ 239,4 bilhões até o final de 2024.
Por outro lado, essa empolgação vem acompanhada de impactos negativos que podem reduzir o PIB (Produto Interno Bruto) de 0,6% a 2,1%, como apontado por analistas do Santander em relatório divulgado recentemente.
Mesmo com a potencial arrecadação que a regulamentação do jogo promete, os efeitos adversos no consumo e na saúde financeira da população brasileira geram preocupação, especialmente para setores como varejo, instituições financeiras, bens de consumo, saúde, educação e shoppings.
Isso porque dados apontam que, em meio ao crescimento das apostas, muitos consumidores estão priorizando o jogo em detrimento de compras essenciais.
Governo vai proibir uso de cartão do Bolsa Família em bets
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias, declarou nesta quinta-feira (17) que o governo determinou que o cartão do Bolsa Família não poderá ser utilizado para realizar aportes em apostas online, conhecidas como bets.
“Essa decisão já foi tomada e agora estamos trabalhando na implementação do ponto de vista técnico”, afirmou Wellington, após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
De acordo com o ministro, os beneficiários do Bolsa Família que participam dessas apostas são uma “minoria”, e não se deve “demonizar” a situação.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de punição para os beneficiários que utilizarem o cartão para apostas, Wellington esclareceu que a questão envolve um procedimento técnico, que inviabilizará qualquer tipo de transação para esse fim.
“O cartão terá limite zero para o pagamento de apostas, com um bloqueio estabelecido nos sistemas das empresas”, explicou o ministro.
Governo decide não retomar horário de verão no Brasil este ano
O governo federal, por meio do MME (Ministério de Minas e Energia), divulgou nesta quarta-feira (16) que não retomará a implementação do horário de verão em 2024.
Com isso, a política continua extinta, conforme uma decisão tomada em abril de 2019, quando a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encerrou a medida no Brasil.
“Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este verão, para este período. Temos a segurança energética assegurada”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em coletiva de imprensa.