O Bilionário norte-americano Bill Ackman, afirmou que após as medidas tarifárias de Donald Trump, presidente dos EUA, o republicano está perdendo a confiança dos líderes empresariais ao redor do mundo. “Negócios são um jogo de confiança”, disse.
Durante a campanha eleitoral em 2024, Bill Ackman foi um dos apoiadores de Trump. Entretanto, a nova política tarifária anunciada na última semana causou um grande desconforto em Ackman e na classe empresarial norte-americana, segundo o empresário.
“Não foi para isso que votamos”, disse o CEO, de acordo com o “CNN Money”. Akcman também é gestor do fundo de hedge de US$ 15 bilhões Pershing Square Capital Management.
O alerta do bilionário é que os EUA podem estar caminhando para um “inverno nuclear econômico” provocado pelas decisões do presidente Donald Trump.
“Ao impor tarifas massivas e desproporcionais sobre nossos amigos e inimigos e, assim, lançar uma guerra econômica global contra o mundo inteiro de uma vez, estamos no processo de destruir a confiança em nosso país como parceiro comercial”, escreveu Bill Ackman em suas redes sociais.
Trump anuncia tarifa de 10% para o Brasil e de até 49% para outros países
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) o novo pacote de tarifas comerciais, batizado de “Dia da Libertação”, que determinou sobretaxas recíprocas a produtos importados de todos os países com barreiras consideradas desproporcionais.
O nível das tarifas varia conforme o país. Para o Brasil, a taxação ficou em 10%, enquanto para o Camboja, por exemplo, elas chegam a até 49%, que cobraria dos EUA tarifas de 97%.
“Hoje é o Dia da Libertação”, disse Trump em discurso. Ele também acrescentou que a data será lembrada como o dia em que a indústria americana “renasceu”.
“Nossos contribuintes foram enganados por mais de 50 anos, mas isso não vai mais acontecer”, disse Trump.
O presidente republicano também aproveitou para criticar as tarifas de importação aplicadas por outros países a produtos dos EUA, como os 10% cobrados pela União Europeia sobre veículos americanos.
No entanto, Trump deixou de lado as tarifas que o próprio EUA cobra sobre esses produtos, como os 25% sobre caminhões estrangeiros — em contraste com os 2,5% aplicados aos carros europeus.