Economia

Bioeconomia: Amazônia Legal terá R$ 250 mi em recursos

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) pelo Banco do Brasil, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento


Iniciativas de bioeconomia e infraestrutura sustentável na Amazônia Legal devem ganhar investimentos de US$ 250 milhões nos próximos meses. 

O valor será destinado a uma linha de crédito para projetos de investimentos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) pelo Banco do Brasil (BBAS3), em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e soma forças ao Movimento Impacto Amazônia, firmado durante o Pacto Global da ONU no Brasil, em Nova York, na última semana.

A inciativa pretende promover desenvolvimento na região amazônica por meio de apoio a bioempresas e a produtores rurais locais. Outros objetivos são financiar projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis e investir na melhoria da conectividade em áreas urbanas, rurais e florestais da Amazônia Legal, com prioridade para localidades isoladas. As informações são da Agência Brasil.

O projeto está alinhado aos 12 compromissos de Sustentabilidade do BB e ao pilar de bioeconomia da Amazônia Sempre, programa do BID para o desenvolvimento sustentável da região.

O vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, destacou outras ações sustentáveis da instituição, inclusive em áreas degradadas da Amazônia. “A nossa meta para preservação e reflorestamento da floresta é de 1 milhão de hectares até 2025. Isso corresponde a um terço do território da Bélgica, por exemplo, só para termos uma referência”.

Sasseron lembrou que antes desses acordos, o Banco do Brasil ja investia em torno de R$ 136 bilhões na área da Amazônia Legal, além de conceder créditos para produção e extração de cacau, castanha do Pará, açaí que, segundo ele, “são produtos que preservam a floresta e, ao mesmo tempo, proporcionam uma atividade econômica para a população que vive do extrativismo”.

Edital do governo quer impulsionar economia da Amazônia Azul

O Governo Federal, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), lançou, nesta sexta-feira (15), edital para impulsionar a economia da chamada Amazônia Azul, que inclui toda a costa marítima brasileira, compreendendo as áreas marinhas situadas ao largo da porção continental e as localizadas ao redor das ilhas oceânicas e rochedos, como o Arquipélago de Fernando de Noronha e as ilhas Trindade e Martim Vaz.

O objetivo do edital é selecionar projetos que tenham como foco reduzir das disparidades econômicas e sociais no Brasil por meio do crescimento econômico, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da população da região costeira do País. As propostas devem ser enviadas, por meio do Sistema Eletrônico de Informações do MIDR, até 10 de novembro.

“Esta iniciativa abre as portas do MIDR para apoiar e discutir, com a comunidade acadêmica e a sociedade, projetos em municípios costeiros que tenham como foco a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico das regiões associados à economia do mar”, destaca a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial, Adriana Melo. “Com esse projeto, vamos promover elos entre as gestões municipais e as cadeias produtivas presentes no território, por meio de projetos de inovação e muito diálogo com todos os interessados”, completa.

Segundo a diretora de Gestão de Informações, Monitoramento e Avaliação do MIDR, Giuliana Correa, a Pasta tem três linhas estratégicas de atuação em relação à Amazônia Azul. “O primeiro foco é o desenvolvimento de instrumentos de planejamento regional e sub-regional para o aproveitamento da economia do mar. Já o segundo é a melhoria das gestões municipais, para aproveitamento das peculiaridades e potencialidades geradas pelas atividades econômicas locais, com sustentabilidade. E a terceira linha é o desenvolvimento de projetos locais, cujas experiências desenvolvidas pela academia e pela sociedade possam ser replicadas”, explica. “Nossa ideia é sempre realizar parceria com as instituições de ensino e pesquisa, fortalecendo as iniciativas aplicadas ao território, que nos auxiliam a construir oportunidades de emprego e renda e a garantir a preservação dos recursos naturais do nosso país”, ressalta.

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