O Bitcoin tem se mantido acima dos US$ 100 mil neste fim de semana. A moeda digital voltou a esse patamar na sexta-feira (6) e, por volta das 10h45 (horário de Brasília) de domingo (8), estava cotada a US$ 100.302,6, com alta e 0,95%.
As divulgações dos nomes escolhidos pelo presidente eleito nos EUA, Donald Trump, para seu governo são a principal razão para a valorização da criptomoeda, já que as escolhas indicam que o país deve optar por leis mais vantajosas para o Bitcoin.
Trump nomeou o investidor de venture capital David O. Sacks para ser, em suas próprias palavras (sem indicar se este deve ser um nome oficial), o novo “czar de inteligência artificial e criptomoedas da Casa Branca“.
“Ele trabalhará em uma estrutura legal para que o setor de criptomoedas tenha a clareza que vem pedindo e possa prosperar nos EUA”, afirmou o presidente eleito, em publicação na plataforma Truth Social.
A alta do Bitcoin é apoiada por fundamentos sólidos, segundo o Julius Baer.
“As expectativas sobre as mudanças regulatórias estão começando a tomar forma, com Trump seguindo o exemplo ao nomear sete altos funcionários amigáveis e experientes em criptografia. Reiteramos que vemos ventos contrários mínimos para o Bitcoin até 2025, com um possível erro político do Fed entre os mais relevantes”, afirmou a instituição, de acordo com o “Estadão Conteúdo”.
Porém, para o presidente do Fed (Federal Reserve) de Chicago, Austan Goolsbee, os ativos baseados em cripto não impactaram tão significativamente a macroeconomia. No Simpósio Anual sobre a Perspectiva Econômica, ele afirmou que é difícil ver um impacto em ativos que não são amplamente utilizados na economia real.
Itaú: todos os clientes poderão negociar bitcoin e ethereum no app
O Itaú Unibanco (ITUB4) vai permitir que todos os clientes negociem bitcoin e ethereum dentro do aplicativo, anunciou o banco nesta terça-feira (3). Vai ser priorizada a oferta de ativos consolidados e negociados nas maiores bolsas do mundo, com taxa de 2,5% na compra e investimento mínimo de R$ 10.
Os ativos vão ser custodiados no Itaú, sem cobranças mensais ou taxas de venda. O objetivo da nova oferta é atrair investidores com interesse nas criptomoedas, mas que ainda não se sentem seguros para negociações mais complexas, em exchanges e carteiras digitais.
O banco está ampliando o serviço para todos os clientes em um momento em que o bitcoin passa por valorização de aproximadamente 45%, desde a vitória de Donald Trump nos EUA. Atualmente, o valor do ativo está próximo dos R$ 100 mil dólares.
“Estamos focando muito em educação… O volume mínimo (de compra) é de R$ 10, o máximo depende do perfil do cliente”, disse João Araújo, diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do banco, em entrevista a jornalistas.
“Testamos a negociação de criptoativos em menor escala, tivemos uma adesão significativa de nossos clientes e agora estamos maduros para oferecer essa modalidade para todos os clientes”, afirmou.