Economia

Black Friday de 2023 é a segunda pior da história no Brasil

As previsões mais otimistas de associações e firmas de pesquisa, que variavam de 4% a 17%, não foram alcançadas

Informações mais recentes divulgadas neste sábado (25) sobre o desempenho da Black Friday 2023, um dos momentos mais cruciais para o comércio eletrônico no país, confirmam um cenário desafiador em termos de vendas neste ano. As previsões mais otimistas de associações e firmas de pesquisa, que variavam de 4% a 17%, não foram alcançadas.

Durante o período que compreendeu desde a quinta-feira (23), à meia-noite, até a sexta-feira (24), às 23h59, o comércio online registrou aproximadamente R$ 3,4 bilhões em vendas, representando uma queda de 15,1% em relação a 2022, ano em que a receita já havia diminuído em dois dígitos.

Os dados foram coletados pela plataforma Hora a Hora, operada pela Confi.Neotrust, uma empresa especializada em inteligência de dados, em parceria com a ClearSale.

Embora não seja a maior retração de faturamento já vista no evento, que acontece no Brasil há 13 anos — em 2022, a queda variou entre 23% e 34% no ambiente online, conforme diferentes pesquisas —, o recuo registrado em 2023 se baseia em uma redução anterior, diminuindo ainda mais o volume total de vendas no segmento. Este é o segundo pior resultado desde o início das promoções em 2010.

Vale ressaltar que esses números não levam em conta as vendas em lojas físicas, as quais, nos últimos anos, também têm sido consideradas nas análises das empresas. Alguns varejistas destacaram um aumento nas conversões de consumidores em vendas em lojas físicas ontem (24), principalmente em estabelecimentos de eletrônicos e moda.

Na contramão do Brasil, vendas on-line nos EUA crescem 7,5%

Ao contrário das primeiras previsões para a Black Friday no Brasil, os consumidores nos Estados Unidos bateram um recorde de gastos na data, totalizando US$ 9,8 bilhões em compras online, conforme divulgado pelo Adobe Analytics. Esse resultado se apresenta como um sinal positivo para os varejistas americanos, que enfrentam projeções desanimadoras para a temporada de fim de ano.

A demanda por produtos eletrônicos, smartwatches, TVs e dispositivos de áudio foi fundamental para impulsionar as vendas online, registrando um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. Os consumidores expandiram seus orçamentos aproveitando as opções de “compre agora, pague depois” (parcelamento), que aumentaram em 72% em comparação com a semana que antecedeu o Dia de Ação de Graças.

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