O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, declarou nesta terça-feira (13) que a transferência de recursos para o Tesouro Nacional lançará um valor superior ao lucro contábil registrado no exercício de 2023. Além disso, ele afirmou que será uma quantia recorde.
Em 2023, o BNDES teve um resultado líquido de R$ 21,9 bilhões. A instituição já havia aprovado o repasse ao Tesouro Nacional de R$ 15 bilhões em dividendos relacionados ao exercício do último ano.
Segundo as estimativas do banco, o valor será maior do que o aprovado, podendo chegar a R$ 24,5 bilhões. Esse montante inclui o pagamento de dividendos, o recolhimento de impostos e a antecipação de parcelas previstas em acordo firmado com o TCU (Tribunal de Contas da União), no qual se estabelece um cronograma para quitar dívidas relacionadas a aportes realizados entre 2008 e 2014.
“Nós vamos pagar um volume de dividendos inédito e vamos transferir ao Tesouro Nacional um valor que é mais de 100% do lucro do ano passado, para contribuir com a meta de superávit primário”, disse Mercadante, de acordo com o “InfoMoney”.
BNDES: lucro líquido recorrente salta 94,7%, para R$ 7,2 bi
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões no primieiro semestre de 2024 – um salto de 94,7% em comparação aos R$ 3,7 bilhões reportados em 2023.
De acordo com o diretor financeiro do BNDES, Alexandre Abreu, o aumento da intermediação financeira foi a principal influência para o resultado no período.
O lucro contábil da instituição atingiu R$ 13,3 bilhões nos primeiros seis meses de 2024, um aumento de 66% ante o primeiro semestre de 2023.
“A principal diferença entre o resultado recorrente e o contábil é que não consideramos no recorrente R$ 4,3 bilhões em dividendos, principalmente da Petrobras”, observou Abreu.
BNDES: aprovações e desembolsos
O BNDES também divulgou os números para consultas, aprovações e desembolsos no primeiro semestre de 2024. As aprovações cresceram 83% ante o 1º semestre de 2023, e atingiram R$ 66,5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano.
Os desembolsos subiram 21% no período e alcançaram R$ 49,3 bilhões. Já as consultas permaneceram estáveis entre um semestre e outro, e fecharam este semestre em R$ 124,2 bilhões.
A carteira de participações societárias da instituição de fomento somou R$ 82,5 bilhões no primeiro semestre de 2024 e, de acordo com o BNDES, sofreu valorização de 32% desde o quarto trimestre de 2022.