Financiamentos

BNDES e BID lançam operação inédita para reduzir exposição cambial

A solução prevê que seja aplicada uma conversão semelhante à convencional de moeda estrangeira em um financiamento

BNDES
BNDES / Foto: Divulgação

O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) estruturou uma transação inédita que tem o objetivo de reduzir a exposição cambial de operações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

A solução prevê que seja aplicada uma conversão semelhante à convencional de moeda estrangeira em um financiamento do BID para o BNDES.

No primeiro momento, o mecanismo será aplicado em um débito de US$ 437,5 milhões relacionado a um empréstimo de US$ 1 bilhão que o BNDES pegou emprestado do BID em 2009, com vencimento em 2030, para financiar um programa de apoio às pequenas, micro e médias empresas no Brasil.

A ideia é que a operação seja um piloto para conversões semelhantes em outros financiamentos do BID no país e no exterior, conforme informações do “Valor”.

A transação é a primeira nesse segmento, executada por um banco multilateral de desenvolvimento para uma contraparte com garantia soberana, e foi celebrada pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pelo do BID, Ilan Goldfajn.

BC: “Autonomia financeira é um regresso de 100 anos”, diz ex-BNDES

Apesar de defender a importância de aprimorar o “quadro institucional” das autoridades monetárias no Brasil e globalmente, o economista e banqueiro André Lara Resende, ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que propõe conceder autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central (BC), considerando-a um grande retrocesso.

Resende, participou nesta terça-feira (18) de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, onde o tema discutido foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa transformar o Banco Central, atualmente uma autarquia federal com orçamento vinculado à União, em uma empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, mantendo supervisão do Congresso Nacional.

“O BC tem sido um órgão extraordinariamente competente. O BC precisa ter recursos em seu orçamento para manter um quadro bem remunerado e fazer investimentos necessários para a melhoria do sistema de pagamentos, que está em rápida mudança”, reconheceu Lara Resende.

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