Boletim Focus: projeção de inflação para 2023 volta a subir

Taxa Selic alcançou um percentual de 12,75% para 2023

A Inflação voltou a subir em fevereiro, aponta o boletim do Focus desta segunda-feira (13). As expectativas do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para 2023 indicaram que as projeções passaram de 5,90% para 5,96%. Há um mês, a expectativa era de +5,79%. 

Na semana anterior, a inflação para o ano de 2023 subiu 0,84% em fevereiro. O indicador acumulado em 12 meses foi de 5,60%. Para os próximos anos anos o informativo manteve o percentual de 4,02% para 2024, 3,80% para 2025, mas para 2026 a projeção aguarda um aumento de 3,77% para 3,79%.

Em relação às expectativas para a atividade, o mercado financeiro elevou a previsão de expansão do PIB (Produto Interno Bruto) do país neste ano de 0,85% para 0,89%. O mercado manteve as expectativas para as taxas básicas do Selic de 12,75% para o ano, e do Dólar, 5,25% ao ano.

É válido lembrar que as metas de inflação para 2023, 2024 e 2025 são de 3,25%, 3% e 3%,respectivamente, conforme estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

IPCA sobe 0,84% em fevereiro; inflação em 12 meses fica em 5,60%

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,84% em fevereiro acelerando ante os 0,53% de janeiro, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (10). Com isso, agora já são cinco meses seguidos de alta.

Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 5,60%. No ano, a inflação acumula evolução de 1,37%. Os dados ficaram acima do consenso Refinitiv que previa inflação de 0,80% no mês e de 5,54% na comparação anual. Em fevereiro de 2022, a variação mensal tinha sido de 1,01%.

Grupo Educação é destaque no IPCA de fevereiro

O grupo Educação foi o destaque no índice de fevereiro, sendo responsável pelo maior impacto (0,35 ponto porcentual) e com a maior variação (6,28%). É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004, quando teve variação de 6,70%.

Logo em seguida aparecem aúde e cuidados pessoais (1,26%) e Habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro, contribuindo com 0,16 p.p. e 0,13 p.p, respectivamente.

Em contrapartida, Transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior. Os demais grupos ficaram entre o 0,11% de Artigos de residência e o 0,98% de Comunicação.

Em relação aos índices regionais, todas as áreas tiveram alta em fevereiro. A maior variação foi em Curitiba (1,09%), devido às altas dos cursos regulares (5,97%), da gasolina (3,37%) e da energia elétrica residencial (5,94%). Já a menor variação foi registrada em Rio Branco (0,44%), onde houve queda de 2,04% da energia elétrica residencial.

Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,77% em fevereiro, acima do registrado no mês anterior (0,46%). No ano, o INPC acumula alta de 1,23% e, nos últimos 12 meses, de 5,47%, abaixo dos 5,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2022, a taxa foi de 1,00%.