Inflação mais alta

Boletim Focus: mercado eleva projeção da Selic em 2025 a 12%

O Boletim Focus apontou que a mediana das expectativas para a Selic no final de 2025 subiu para 12,0%, ante 11,50%

Boletim Focus projeta IPCA de 5
Boletim Focus/ Foto: Freepik

Analistas consultados pelo BC (Banco Central) elevaram novamente a previsão para a Selic (taxa básica de juros) em 2025, refletindo expectativas mais altas para a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2024 e nos anos seguintes. As informações são do Boletim Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (18).

O Boletim Focus apontou que a mediana das expectativas para a Selic no final de 2025 subiu para 12,0%, ante 11,50% projetados na semana anterior. Para 2024, a taxa foi mantida em 11,75% pela sétima semana consecutiva.

Além disso, o mercado também revisou para cima a projeção para a cotação do dólar, indicando um cenário de maior cautela em relação à economia brasileira.

Boletim Focus: impacto nas decisões do Copom

A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) ocorrerá em dezembro, quando será decidido o próximo passo da política monetária. No entanto, a ata da última reunião, que será divulgada nesta terça-feira (19), deve fornecer mais pistas sobre as perspectivas para os juros.

Segundo o Focus, os membros do Copom devem destacar que uma deterioração adicional nas expectativas de inflação pode prolongar o ciclo de juros elevados, reforçando a necessidade de medidas fiscais para equilibrar a economia.

Contexto fiscal

O Banco Central enfatizou a importância de ações fiscais por parte do governo para sustentar o arcabouço fiscal e possibilitar crescimento econômico sustentável. O Executivo prometeu anunciar um pacote de contenção de gastos em breve, o que é aguardado com atenção pelo mercado.

O ministro da Fazenda, Fernaod Haddad (PT), declarou no domingo (17), que o texto já está em posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deve ser divulgado em breve.

“Está fechado com o presidente o conjunto de medidas. Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério”, afirmou Haddad em entrevista à CNBC.

De acordo com o InfoMoney, essas medidas são consideradas essenciais para evitar um desalinhamento entre a política fiscal e a monetária, além de reforçar a credibilidade econômica do Brasil em um cenário global ainda incerto.