As projeções dos economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) apontam um aumento nas expectativas sobre o crescimento para a economia nacional em 2024, que passou de 1,52% para 1,59%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (8) pelo Relatório Focus do Banco Central. A alta nas expectativas revelam um clima otimista instaurado nos últimos dias, uma vez que, na semana passada, as previsões dos economistas para o PIB deste ano se mantiveram no mesmo patamar.
Inflação
O relatório aponta que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação do País, deve concluir o ano em 3,9%, a mesma projeção da semana passada.
Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC mantiveram a projeção em 3,5%. Para 2026, o índice esperado também foi mantido em 3,5%.
PIB
De acordo com os especialistas ouvidos pela autoridade monetária, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,59%, ante 1,52% projetado na semana passada. Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia se manteve em 2%.
Selic
A projeção mediana para a taxa básica de juros, a Selic, permaneceu em 9% no final de 2024, mantendo-se estável em relação à semana anterior. Para os anos de 2025 e 2026, as previsões também ficaram inalteradas, mantendo-se em 8,50%, mesmo patamar observado na semana passada.
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Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%, confirmando as expectativas apontadas pelas projeções da Focus.
Câmbio
O relatório aponta que os economistas mantiveram a projeção para o dólar em 2024 em R$ 5. Para 2025, a estimativa caiu de R$ 5,03 para R$ 5. Para 2026, segue em R$ 5,10.
Resultado primário
As projeções para o resultado primário em 2023 se deterioraram novamente, passando de um déficit de 1,50% do PIB para -2,0% do PIB. Enquanto isso, a estimativa de déficit em 2024 permaneceu em -0,80% do PIB. As projeções para 2025 e 2026 também se mantiveram estáveis, com déficits de -0,60% do PIB e -0,50% do PIB, respectivamente.
Dívida pública
No que tange a dívida líquida do setor público, a projeção recuou de 61,05% do PIB para 61,0% do PIB, enquanto a de 2024 caiu de 64,45% do PIB para 64,25% do PIB. A de 2025 avançou, de 66,20% do PIB para 66,40% do PIB. A de 2026 permaneceu em 69,50% do PIB.
