SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão desta quarta-feira (25) com variação positiva de 0,50%, a 120.817 pontos, sustentando a recuperação da véspera e revertendo a tendência de queda registrada no início da manhã sob o impacto da divulgação da prévia da inflação oficial.
Na maior variação para o mês desde 2002, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) avançou 0,89%.
Após as declarações de Lira em evento promovido pela XP na terça (24), a Bolsa voltou à casa dos 120 mil pontos e retomou o ganho acumulado em 2021.
Segundo Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group, as principais ações brasileiras estavam excessivamente desvalorizadas devido à rejeição do mercado à proposta de reforma do Imposto de Renda do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Além disso, também são apontados como fatores para a recuperação do mercado doméstico a reabertura das atividades econômicas na China devido à ausência de novos casos de infecção pela variante Delta do vírus da Covid-19, o que vem impulsionando os preços das commodities, e o silêncio momentâneo quanto à crise envolvendo os Poderes da República.
Essa recuperação é observada com cautela pelo mercado, que prevê oscilações.
O dólar fechou em queda de 0,95%, a R$ 5,2110, também refletindo o bom humor do investidor com o cenário externo.
Em Nova York, o S&P 500 avançou 0,22%, para uma nova máxima histórica, assim como o Nasdaq, que subiu 0,15%, sem notícias para minar o sentimento positivo no mercado.
A atenção no exterior está voltada ao simpósio do Federal Reserve, em Jackson Hole (EUA), principalmente a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, na próxima sexta-feira, que pode trazer sinais sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.