'Espiões' de Bolsonaro monitoram diretores da Petrobras (PETR3;PETR4), diz jornal

Chefe do executivo quer trocar o presidente da Petrobras, além dos diretores de tecnologia, do financeiro e de relações institucionais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria se aproveitando de informações de seus “espiões” da Petrobras (PETR3;PETR4), Carlos Victor Nagem, Angelo Denicoli e Ricardo da Silva Marques, para pressionar a troca de diretores da petroleira. As informações foram publicadas pelo jornal “O Globo”, nesta terça-feira (17). 

Denicoli e Nagem são assesores da presidência da Petrobras, enquanto Silva Marques é gerente-executivo de segurança da estatal. Dentro da companhia, os três são conhecidos como “dedos-duros de Bolsonaro”, segundo informações do jornal. 

Na semana passada, o líder do executivo exonerou Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia. A ideia de Bolsonaro, entretanto, é trocar o presidente da Petrobras José Mauro Coelho, além dos diretores de tecnologia, do financeiro e de relações institucionais.

O jornal também destaca que os “espiões” de Bolsonaro que estão mais aplicados em tentar a troca dos diretores de relações institucionais e de tecnologia na Petrobras são: Carlos Victor Nagem e Angelo Denicoli. Os dois integrantes da Petro e informantes do presidente da República recebem um salário de cerca de R$ 55 mil, segundo informações do “O Globo”. 

Durante um discurso realizado em São Paulo, nesta terça-feira (16), Bolsonaro disse que será “obrigado a mexer peças no tabuleiro” da estatal petroleira. 

Insatisfação de Bolsonaro com a Petrobras 

O presidente Jair Bolsonaro tem tido atritos com a Petrobras durante grande parte de seu mandato. Nos últimos meses, entretanto, os conflitos aumentaram devido, principalmente, a política de preços implatanda pela estatal e a falta de um meio termo para agradar ambas as partes.

Na última segunda-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro mostrou insatisfação com a petroleira durante um evento. O chefe do executivo reclamou dos lucros da estatal e indicou que pode mexer na política de lucros da companhia, o que diminuiria o valor em proventos distribuídos aos acionistas.

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“Com toda certeza vamos entrar na Petrobras nessas questões também. Não é possível uma petrolífera dar 30% de lucro enquanto as outras dão no máximo 15% para atender interesse não sei de quem”, disse Bolsonaro, demonstrando insatisfação.

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