O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta quarta-feira (16) que não manda na Petrobras, ao apontar o forte aumento nos preços dos combustíveis realizado pela estatal. Motivo esse que intensificou uma tensão entre a companhia petrolífera e o chefe da República.
“Eu não mando na Petrobras, não tenho ingerência sobre ela, mas o que a gente puder fazer, a gente faz”, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
O chefe do estado reiterou críticas à Petrobras e jogou a alta dos preços dos combustíveis no colo da corrupção e do endividamento da estatal em governos passados – desta vez, sem citar a recente alta da cotação do petróleo no mercado internacional ou a cobrança de impostos estaduais sobre os produtos.
Após ser alvo não somente de Bolsonaro, como também dos demais politicos e dos brasileiros, a estatal retrucou as críticas. Em “spots” publicados nas redes sociais neste final de semana, a petroleira afirma ser “uma das empresas que mais investem no Brasil”.
A resposta da empresa foi dizer que o repasse dos preços internacionais não foi imediato, que a gasolina e o diesel ficaram 57 dias sem reajuste e, o gás de cozinha, mais de 150 dias. “O último reajuste foi necessário para manter o fornecimento”, afirma a publicidade da empresa.