Durante uma transmissão ao vivo no Facebook, na última sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a Petrobras (PETR3;PETR4) vai reduzir sua margem de lucro “sem interferência”. “Nós não interferimos no preço dos combustíveis, buscamos alternativas. A política não pode ser o lucro pelo lucro. Petrolíferas do mundo todo diminuíram a margem de lucro, é o que a gente quer da Petrobras. Isso vai acontecer e sem interferência”, afirmou o presidente.
Há meses, o Governo Federal tem pressionado a Petrobras a reduzir o preço dos combustíveis aos consumidores. Isso porque a estatal petroleira utiliza o Preço de Paridade Internacional (PPI), uma política implementada em 2016, que segue o preço de mercado internacional do barril de petróleo.
Bolsonaro tornou-se um forte crítico do modelo de preços utilizado pela Petrobras nos últimos meses, com o aumento de reclamações da população em geral em relação ao preço da gasolina e, mais ainda, dos caminhoneiros frente ao preço do diesel.
Mesmo se posicionando contra a política de preços da Petrobras, por diversas vezes, o presidente garantiu que vai respeitar o modelo adotado pela estatal.
“A Petrobras tem que entender que estamos em guerra, não estamos numa normalidade. E os que me acusam de criar a tal da PPI, de dolarizar o nosso preço aqui dentro, isso foi feito no governo Temer, não foi feito por mim”, afirmou o líder do Executivo.
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“Precisava ter feito? Acredito que não, mas foi feito, temos que honrar contratos. Não posso dar murro na mesa e dizer ‘não quero mais’”, complementou.
Bolsonaro ainda cobrou da população a “fiscalização dos postos”. “Guardem as notas fiscais, façam comparação de preços. Façam um vídeo na frente do posto. Me ajudem a fiscalizar”, solicitou.
O presidente voltou a dizer que o ICMS não pode continuar ser incidido no preço final da bomba, “porque passa a ser ‘bitributado'”. “Tem que ser em cima de uma base de referência, no preço das refinarias”, disse Bolsonaro ao final da live.