O Bradesco revisou sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, o percentual foi de 1,8% para 1,6% em meio a um cenário internacional desfavorável para países emergentes. As informações são do Valor.
Mesmo com a redução do PIB de 2022, a expectativa para o deste ano não foi alterada, ou seja, 5,2% de avanço. Para o banco, a retomada do consumo doméstico das famílias ao patamar pré-pandemia deve assegurar certo dinamismo à economia nacional em 2022.
“De um lado, a continuidade da recuperação do mercado de trabalho irá impulsionar a massa de salários. Isso, em conjunto com a desaceleração esperada da inflação para o próximo ano, contribuirá para o aumento da renda disponível das famílias”, declarou a equipe em relatório.
Além disso, o Bradesco lembra que o consumo foi um dos componentes mais afetados pela pandemia da Covid-19.
“Enquanto a formação bruta de capital fixo se encontra 15% acima do nível pré-pandemia, o consumo privado está 3% abaixo e os gastos do governo, 4,3%. Portanto, se as famílias simplesmente recuperarem o nível de consumo observado antes da crise sanitária, isso já contribuiria com 1,2 ponto percentual para o crescimento do PIB em 2022”, declarou o banco.
Vale lembrar que os investimentos privados deverão manter alguma contribuição positiva, mesmo com a expectativa de desaceleração em relação a 2021.
O banco também prevê um déficit primário do setor público de R$ 80 bilhões neste ano e de R$ 71 bilhões no próximo, com a dívida bruta indo de 81,5% do PIB para 83,2%.