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EUA / Foto: David Dibert

A redução tarifária anunciada por Donald Trump trouxe fôlego para parte do agronegócio brasileiro, mas deixou de fora segmentos industriais e agrícolas cruciais para a balança comercial do país.

Levantamento da FGV aponta que produtos de maior valor agregado, como máquinas, equipamentos, açúcar e etanol, continuam enfrentando a sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. 

O alívio concedido pela Casa Branca beneficiou principalmente café e carne bovina, que juntos somam aproximadamente US$ 3 bilhões em exportações. Com isso, a tarifa média cobrada dos produtos brasileiros recuou de 33% para 27,7%, ainda muito distante dos 2,2% vigentes antes da escalada protecionista.

Ampliação das isenções nos EUA vem em ‘boa hora’ para o agronegócio

A medida suaviza o impacto das restrições comerciais anunciadas em agosto. Naquele momento, aproximadamente 50% das exportações brasileiras para os EUA haviam sido liberadas das tarifas extras, evitando um choque maior, mas sem contemplar categorias sensíveis como café e carne, que continuaram pagando taxas elevadas.

Com a atualização de novembro, esses produtos passam a retornar ao patamar tarifário anterior ao conflito. Importações feitas desde 13 de novembro terão direito a reembolso da cobrança extra, segundo o governo americano.

A mudança é vista como um avanço relevante não apenas pelo peso econômico das mercadorias incluídas, mas também por sua importância política dentro dos Estados Unidos.