Por conta da pandemia, causada pela covid-19, o Brasil sofrerá perda de renda de US$ 240 bilhões (R$ 1,260 trilhão) entre 2020-2025, segundo as projeções da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Mundialmente, a entidade calcula que os países em desenvolvimento estarão US$ 12 trilhões mais pobres até 2025 afetados pela pandemia. As informações são do Valor.
Sobre o Brasil, foi previsto que esse empobrecimento representará US$ 146 bilhões (R$ 765,05 bilhões) entre 2020-21, ou menos 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Entre 2022-2025, o Brasil perderia mais US$ 94 bilhões (R$ 492,56 bilhões.
Logo, entre 2020-2025, a perda total de renda do país seria de US$ 240 bilhões (R$ 1,25 trilhão), equivalente a menos 13,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Na América Latina como um todo, a perda de renda seria de US$ 619 bilhões entre 2020-2025.
No Brasil, segundo a Unctad, “apesar do pesado custo humano da pandemia, a economia se contraiu em apenas 4,1% em 2020, o menor impacto entre as maiores economias latino-americanas”.
No relatório anual, a agência da ONU nota que a política fiscal e monetária expansionista ajudou o Brasil a atenuar o impacto econômico da covid-19 e, em 2021, a recuperação dos preços das commodities e uma eliminação gradual do estímulo fiscal deverá ajudar o crescimento do PIB em 4,9%.
O positivo, segundo a Unctad, é que a vacinação e a demanda de serviços tendem a acelerar na segunda metade de 2021 no Brasil. Do lado negativo, observa que a escassez de oferta das usinas hidrelétricas tem impulsionado a inflação, o que, por sua vez, está forçando o Banco Central a aumentar a taxa de juros de curto prazo “para um nível contracionista”.