O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), declarou nesta quarta-feira (12) que o PIF — Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita — analisa realizar um investimento de US$ 15 bilhões no Brasil. As afirmações foram feitas após o ministro participar de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e representantes do fundo árabe no FII Priority Summit.
“Eles falam em investir US$ 15 bilhões no Brasil e estão acreditando muito na liderança e no diálogo do presidente Lula”, disse Silveira, de acordo com o “Valor”.
Segundo Silveira, há sinergia entre as ambições do fundo e os projetos que o governo nacional acredita serem fundamentais para o Brasil. O ministro destacou o interesse dos árabes em investir em infraestrutura e na cadeia de energia renovável.
Além disso, ele pontuou que as linhas de financiamento que estão sendo construídas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) qualificam a governança de investimentos no Brasil e vão possibilitar que o fundo atue em várias atividades, principalmente na transição energética.
“Eles deixaram muito claro que o fato de o BNDES estar construindo linhas de financiamento que facilitam a governança desses investimentos no Brasil pode permitir que eles venham para várias áreas, fundamentalmente para a produção de hidrogênio verde, energia eólica e solar. Também querem conhecer os projetos de agricultura de baixo carbono, além de infraestrutura”, disse ele.
Esteves vê inflação baixa e oportunidades no Brasil
Para André Esteves, presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual (BPAC11), o Brasil tem “inflação baixa, balança de pagamentos forte e democracia consolidada”. As declarações ocorreram durante o FII Priority Summit, encontro de líderes e executivos realizado no Rio de Janeiro.
Esteves deu ênfase nas oportunidades de investimentos entre o País e a Arábia Saudita, bem como entre as regiões do Oriente Médio e a América Latina.
“[No Brasil] Temos inflação baixa, balanço de pagamentos forte, […] Grandes investimentos, Estado de direito. É uma democracia consolidada. Nesse mundo de transição, em que segurança alimentar é uma palavra-chave, o Brasil é um dos líderes, com escala. E em uma região geopolítica calma e um país pacificador”, comentou o executivo.