US$ 8,7 bilhões

Brasil quase dobra déficit das contas externas em janeiro, diz BC

Nos últimos doze meses, o déficit das transações correntes totalizou US$ 65,4 bilhões, ou 3,02% do PIB

Brasil quase dobra déficit das contas externas em janeiro, diz BC

O Brasil registrou um déficit de US$ 8,7 bilhões nas transações correntes em janeiro, que refletem a movimentação de dólares no país. O valor é quase o dobro do rombo de US$ 4,4 bilhões registrado no mesmo mês de 2024. A informação foi revelada pelo Banco Central, nesta quinta-feira (27), que publica mensalmente o relatório “Estatísticas do setor externo”.

Nos últimos doze meses, encerrados em janeiro, o déficit das transações correntes totalizou US$ 65,4 bilhões, ou 3,02% do PIB. 

O resultado representa um aumento de 166,9% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o déficit havia sido de US$ 24,5 bilhões, equivalentes a 1,11% do PIB.

Mudanças na balança comercial

Em 2024, o Brasil registrou um déficit de US$ 56 bilhões nas transações de dólares, o maior valor desde 2019, quando o rombo nas contas externas foi de US$ 65 bilhões.

De acordo com o Banco Central, a balança comercial de bens apresentou um superávit de US$ 1,2 bilhão em janeiro de 2025, uma queda em relação aos US$ 5,6 bilhões registrados no mesmo mês de 2024.

As exportações de bens somaram US$ 25,4 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 24,1 bilhões, representando uma queda de 5,9% nas exportações e um aumento de 12,8% nas importações em comparação com o ano anterior.

Principais componentes das contas externas do Brasil

A balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países envolve as exportações e importações de bens.

Já a balança de serviços nas contas externas refere-se principalmente às despesas de brasileiros no exterior, incluindo compras de serviços financeiros, fretes, aluguel de equipamentos e gastos com turismo.

Por fim, a renda primária diz respeito às transferências de recursos, como lucros, juros e dividendos, que as multinacionais com filiais no Brasil enviam para suas sedes no exterior. Esse cálculo também inclui os valores que empresas brasileiras recebem do exterior.