Nos últimos anos, em escala global, o Brasil consolidou-se como uma grande potência no mercado de vendas diretas. De fato, esse modelo de negócios, que envolve comercialização de produtos e serviços diretamente ao consumidor, sem haver necessidade de intermediários nas transações em suas distintas esferas, tem ganhado cada vez mais espaço, uma vez que essa prática serve como excelente propulsor para a economia.
Conforme dados divulgados pela WFDSA (Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas) e pela ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas), o Brasil registrou em 2022 o sétimo maior faturamento em vendas diretas no cenário global. Esta posição foi mantida pelo segundo ano consecutivo, ficando atrás somente de Estados Unidos, Coreia do Sul, Alemanha, China, Japão e Malásia.
O território brasileiro também se destacou como líder entre os países da América Latina. De acordo com os dados divulgados, as vendas diretas movimentaram R$ 45 bilhões nesse período, evidenciando a força das vendas diretas e sua influência na esfera econômica.
Mas o que são as vendas diretas e quais os principais produtos desse segmento?
Em síntese, pode-se dizer que as vendas diretas caracterizam-se pela comercialização de determinados produtos e serviços fora de um estabelecimento comercial fixo. Nesse tipo de modelo de negócios, o vendedor, comumente um representante ou consultor independente, leva o produto diretamente ao consumidor final, podendo fazer isso de maneira presencial ou por meio de plataformas digitais.
A principal vantagem desse tipo de venda é a possibilidade de criar um relacionamento mais próximo com o cliente – movimento que pode gerar maior fidelização e satisfação. No que tange o perfil dos empreendedores, as mulheres dominam o setor, constituindo 60% da força de trabalho.
Por conseguinte, de acordo com a ABEVD, o setor de vendas diretas tem suas maiores receitas concentradas em três categorias principais: cosméticos e cuidados pessoais, que representam 43% do faturamento; roupas e acessórios, com 18%; e produtos de saúde e nutrição, que respondem por 10% das vendas.
Revenda de produtos como estratégia lucrativa nas vendas diretas
No modelo de vendas diretas, a revenda de produtos é uma das práticas mais comuns. Acontece que, nesse mercado, muitas pessoas começam como revendedores, adquirindo produtos em quantidades maiores para revender a preços competitivos. Essa estratégia de venda, de fato, não somente amplia a margem de lucro, como também permite ao revendedor desenvolver um negócio próprio, com relativa autonomia.
Atualmente, entre os produtos mais comuns demandados para revenda, encontram-se os eletrodomésticos, destacando-se em detrimento dos preços mais elevados no mercado. Esse movimento pode ser, em tese, resultado do programa de metas de eficiência energética aplicado pelo governo federal no primeiro trimestre de 2024.
Conforme o próprio governo, a previsão, por exemplo, era de que os preços das geladeiras aumentassem em 23%, devido às novas exigências do Ministério de Minas e Energia. Nessa perspectiva, existe sempre a dúvida acerca de onde comprar eletrodomésticos para revender, mas já existem sites e aplicativos especializados para isso, além das redes sociais, que muitas vezes servem como plataformas para a revenda de produtos.
Em síntese, esses canais oferecem uma vasta gama de opções, desde grandes marcas até fabricantes menos conhecidos, permitindo ao revendedor encontrar produtos que se encaixem em seu público-alvo e sua estratégia de negócios.
No fim, para aqueles que procuram empreender com vendas diretas, a revenda de produtos mostra-se uma opção promissora, apoiada por um mercado em crescimento e pelas facilidades oferecidas pelas plataformas digitais.