O Brasil tem o segundo maior juro real do mundo após a alta da taxa básica de juros (Selic), determinada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na quarta-feira (18), indicou o levantamento compilado pelo economista Jason Vieira da consultoria MoneYou.
A Selic foi elevada em 0,25 p.p, para 10,75% ao ano, colocando um fim no ciclo de quedas observado desde agosto de 2023. Com esse aumento, a taxa de juros real brasileira subiu para 7,33%.
O país fica atrás apenas para a Rússia, com juro real de 9,05%. O ranking considera as taxas de 40 países.
O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
A Argentina tem o menor juro real entre os países do ranking, com -33,92%, por enfrentar um quadro de inflação e juros altos.
Entre os 40 países, 45% mantiveram a taxa de juros, 2,50% elevaram e 52,50% cortaram. Jason Vieira afirma, em nota, que o movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força — e mais países cortaram do que elevaram a taxa.
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu para a 6ª posição (10,75%). Neste caso, quem compõe o top 3 são: Turquia (50,00%), Argentina (40,00%) e Rússia (19,005).
Confira a lista de países com as maiores taxa de juro real:
Ranking | País | Taxa de juros real |
---|---|---|
1 | Rússia | 9,05% |
2 | Brasil | 7,33% |
3 | Turquia | 5,47% |
4 | México | 5,45% |
5 | Indonésia | 4,37% |
6 | Índia | 3,00% |
7 | África do Sul | 2,96% |
8 | Colômbia | 2,37% |
9 | Tailândia | 2,03% |
10 | Hungria | 1,98% |