O Brasil teve um dos melhores desempenhos econômicos do mundo no primeiro trimestre de 2023. Segundo a Austin Rating, com o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), a economia brasileira registrou o quarto maior crescimento do período, em um ranking com 61 países.
Nos três primeiros meses do ano, o Brasil ficou atrás de Hong Kong (crescimento de 5,3% no primeiro trimestre), Polônia (3,8%) e China (2,2%).
O crescimento do Brasil ficou em igual patamar ao da Tailândia, que também cresceu 1,9%. Logo atrás, vieram Portugal (1,6%), Colômbia (1,4%), Croácia (1,4%) e EUA (1,3%). O ranking inclui economias que já divulgaram resultados e projeções.
O Ministério da Fazenda divulgou nota sobre o desempenho do Brasil no trimestre e ressaltou que, dentre as economias do G20, o Brasil teve o segundo melhor desempenho na comparação trimestral. Dentre os países do G20 com resultados já divulgados, o Brasil ficou somente atrás da China.
“Dentre os países do G-20 que já divulgaram o resultado do PIB do 1T23, o Brasil apresentou o segundo melhor desempenho na comparação trimestral, a 3ª posição na comparação interanual e a 3ª posição na comparação em termos de variação acumulada em 4 trimestres”, escreveu a Secretaria de Política Econômica.
Veja ranking das dez economias que mais cresceram no 1º tri:
Hong Kong 5,30%
Polônia 3,80%
China 2,20%
BRASIL 1,90%
Tailândia 1,90%
Portugal 1,60%
Colômbia 1,40%
Croácia 1,40%
Estados Unidos 1,30%
Filipinas 1,10%
México 1,00%
Malásia 0,90%
Chipre 0,80%
Tunísia 0,80%
Canadá 0,80%
Chile 0,80%
Israel 0,60%
Itália 0,60%
Letônia 0,60%
Suécia 0,60%
Dados do PIB
Para o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, os dados convergem com a narrativa de que as projeções de mercado devem ser revisadas para cima.
“Converge com a projeção do Boletim Focus, para uma projeção de PIB cada vez maior, ou seja, já começamos a flertar com o PIB acima de 1,5% para 2023, inclusive algumas casas de análises estão projetando 2% de crescimento para 2023”, destacou Spiess.
Desse modo, o analista afirmou que essa perspectiva é muito positiva para o Brasil, uma vez que conseguiria passar por esse momento de conturbação global e alta da taxa de juros, sem que houvesse uma recessão dura, por mais que nós tenhamos sinais de desaceleração.
“Estamos em um patamar de economia que não é tão negativo, como poderia pressupor a priori com uma taxa de juros tão alta”, afirmou o analista.
“Se observarmos, tem um grande nome nesse resultado, o PIB da agropecuária”, destacou, que subiu 21,6% neste trimestre acima do esperado, isso representa a maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996.
Os dados de serviços, por sua vez, subiram 0,6%, uma projeção ruim para o setor, destacou Spiess.
Em nota, a Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destacou que problemas climáticos impactaram negativamente a Agropecuária ano passado, entretanto, neste ano, há uma previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção.