O Brasil apresentou no mês de agosto, um déficit em transações correntes de US$ 778 milhões, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,21% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central na manhã desta segunda-feira (25).
No mesmo período no ano passado, o Brasil reportou um déficit em transações correntes de US$ 7,016 bilhões.
No mês, os investimentos diretos no país alcançaram US$ 4,270 bilhões, bem abaixo dos 10,014 bilhões de dólares em agosto do ano passado.
Nesse sentido, a conta de renda primária apresentou em agosto saldo negativo de US$ 5,642 bilhões, ante rombo de 6,146 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior.
Em agosto, a balança comercial teve superávit de US$ 7,618 bilhões, contra US$ 2,552 bilhões no mesmo mês de 2022.
As exportações de bens totalizaram US$ 31,432 bilhões, aumento de 0,8% na comparação interanual. As importações de bens diminuíram 16,8% na mesma base de comparação, totalizando 23,814 bilhões de dólares.
O rombo na conta de serviços, por sua vez, ficou em US$ 2,878 bilhões, contra US$ 3,748 bilhões em agosto do ano anterior.
Boletim Focus: projeção do PIB deste ano avança para 2,92%
A projeção do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 voltou a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Relatório Focus do Banco Central (BC). Projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 e 2024 ficaram estáveis.
A estimativa do IPCA para este ano permaneceu 4,86%, enquanto a previsão para a inflação para 2024 se manteve em 3,86%. A projeção de inflação para 2025 e 2026 segue em 3,50%.
A mediana das projeções para a evolução o PIB de 2023 avançou de 2,89% para 2,92%, enquanto a projeção para 2024 seguiu em 1,50%. A projeção para 2025, no entanto, recuou de 1,95% para 1,90%, enquanto a de 2026 permaneceu nos mesmos 2,0%.
As projeções para a taxa básica de juros (Selic) para o final de 2023 continuou em 11,75%, enquanto a projeção para 2024 foi mantida em 9,0% e a de 2025 permaneceu em 8,50%. A de 2026, por sua vez, está nos mesmos 8,50%.
A estimativa para o dólar em 2023 continuou em R$ 4,98 na semana. A projeção para 2024 segue em R$ 5,00, enquanto a de 2025 ficou nos mesmos R$ 5,10. A projeção para 2026 subiu de R$ 5,18 para R$ 5,19.
Para a dívida líquida do setor público, as projeções para 2023 caíram de 60,50% para 60,40% do PIB, enquanto as de 2024 permaneceram em 63,80%. A de 2025 caiu de 65,60% para 65,50%, já de 2026 saiu de 67,70% para 67,00%.