O Brasil registrou um déficit fiscal de US$ 6,526 bilhões no mês de setembro, disse o BC (Banco Central). No mesmo período de 2023, o saldo da conta corrente foi positivo em US$ 268 milhões.
No acumulado de 12 meses, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a comércio, rendas e transferências unilaterais alcançou saldo negativo de US$ 45,761 bilhões, o equivalente a 2,07% do PIB (Produto Interno Bruto) estimado pela autoridade monetária.
Para o ano de 2024, o BC projeta um déficit em conta corrente de US$ 51 bilhões, conforme divulgado pela autoridade monetária no último Relatório Trimestral de Inflação.
Empresas estatais têm déficit recorde de R$ 7,2 bi em 2024
Conforme dados do relatório de estatísticas fiscais do BC (Banco Central), as empresas estatais acumularam um déficit de R$ 7,2 bilhões de janeiro a agosto de 2024. Esse foi o maior rombo na série histórica iniciada em 2002.
As estatais federais representam 47% desse montante (ou R$ 3,374 bilhões), enquanto as estaduais respondem por fatia de 53% (R$ 3,858 bilhões). Porém, esses números não consideram empresas dos grupos Petrobras (PETR4) e Eletrobras (ELET3).
Por se tratarem de empresas controladas pelo governo, é responsabilidade do Tesouro Nacional cobrir eventuais desequilíbrios. Esse fator é que gera impactos para as contas públicas, em um momento sensível nesse tópico para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os dados do BC indicaram também que, em agosto, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$21,4 bilhões, ante déficit de R$22,8 bilhões no mesmo mês de 2023.
Enquanto isso, no governo central, o período fechou com déficit de R$22,3 bilhões, e nos governos regionais e empresas estatais, superávits respectivos de R$435 milhões e R$469 milhões, segundo o “InfoMoney”.
O setor público consolidado, em 12 meses acumulou déficit de R$256,3 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB e 0,03 p.p. inferior ao déficit acumulado nos doze meses até julho.