O Brasil fechou o mês de junho com fluxo cambial total negativo de US$4,003 bilhões, em movimento puxado pela via financeira, informou nesta quarta-feira (9) o BC (Banco Central).
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Em junho de 2024, o fluxo havia sido positivo em US$5,603 bilhões.
Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$7,562 bilhões no mês passado. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Através do canal comercial, o saldo de junho foi positivo em US$3,559 bilhões, com registros de US$20,031 bilhões de importações e US$23,590 bilhões em exportações.
Nas exportações, estão incluídos US$3,560 bilhões em adiantamento de contrato de câmbio (ACC), US$4,478 bilhões em pagamento antecipado (PA) e US$15,552 bilhões em outras operações.
Na semana passada, entre os dias 30 de junho e 4 de julho, o fluxo cambial total foi negativo em US$2,148 bilhões. No acumulado do ano até 4 de julho, o Brasil registra um fluxo cambial total negativo de US$16,199 bilhões.
IBGE aponta que produção industrial recua 0,5% em maio
A produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,5% em maio de 2025 na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) IBGE.
O resultado, divulgado pela pesquisa mensal do IBGE, interrompe uma sequência de quatro meses consecutivos de crescimento e indica um ritmo mais cauteloso para o setor neste início de segundo semestre.
Apesar da retração mensal, a indústria acumulou crescimento de 3,3% na comparação com maio de 2024, mostrando que, no médio prazo, o setor ainda mantém trajetória de recuperação.
No acumulado do ano, o avanço foi de 1,8%, e nos últimos 12 meses, a alta chegou a 2,8%.
O principal impacto negativo veio da produção de veículos, que sofreu redução significativa no mês, influenciando o desempenho geral da indústria.
Outros segmentos apresentaram variações mais moderadas, com alguns setores mantendo crescimento.
A indústria representa cerca de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) do país e é fundamental para a geração de empregos e o estímulo a outras atividades econômicas.